Zâmbia – Guillem: “aprendi em Zâmbia a dar o justo valor às cosias e a lamentar-me menos”

11 setembro 2017

(ANS – Mazabuka) – O desejo de ajudar e viver uma experiência de solidariedade levou Guillem Fenollosa Busquets a participar neste verão de um projeto de voluntariado em Zâmbia. Estudante de mecânica no Instituto Politécnico Salesiano de Sarrià, Espanha, Guillem traz desta experiência muitas recordações e uma nova percepção da vida.

Foi a tua segunda vez em Zâmbia, certo?

Sim. Dos sete jovens que participamos do projeto neste verão, somente eu e um outro já tínhamos participado no ano passado. Quis voltar para agradecer por tudo o que recebi no ano passado e ver pessoalmente que o projeto continua a concretizar-se.

De qual projeto está falando?

Chama-se “Share The Light” (Partilha a luz). Foi iniciado por um grupo de Salesianos ingleses, com os quais vivemos 15 dias num orfanato para meninas de Mazabuka, Zâmbia. A ideia é tornar conhecida a dura realidade vivida naqueles lugares.

Qual foi a tua contribuição?

A ajuda que demos, eu e meus amigos, foi substancialmente poder pôr em prática os nossos conhecimentos mecânicos. Organizamos as casas e os terrenos, e pintamos os muros com os instrumentos que tínhamos à disposição. Também demos algumas aulas e servimos o café da manhã a um grupo de 31 meninas órfãs entre 12 e 17 anos.

Como foi a vida comunitária?

Caminhou muito bem. Já nos conhecíamos do verão passado e as meninas estavam entusiasmadas por nos rever. Para elas é a coisa mais emocionante que acontece durante o ano.

Imagino que recolhestes também alguns fundos

Sim, durante o ano, com familiares e amigos e mediante contribuições pessoais. Também fizemos sorteios, venda de copos e pulseiras e nos organizamos também como organização sem fins lucrativos para poder receber subvenções.

Tendes projetos para o futuro?

Esperamos ampliar no próximo ano o uso dos terrenos e as hortas, de modo que as meninas possam ter autossuficiência no próprio sustento.

O que Zâmbia te ensinou?

A viver consciente e dar o justo valor às coisas. E também que não tenho o direito de lamentar-me por tantas coisas.

Votarás ainda no próximo ano?

Gostaria muito, mas não sei se trabalharei e se terei tempo. Contudo, o importante é colaborar e continuar a contribuir.

Fonte: El Periódico de Catalunya

InfoANS

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