Os Emirados Árabes Unidos são uma federação de sete emirados, sitos ao longo da costa leste da Península Arábica. O maior de tais emirados, Abu Dhabi, compreende mais de três quartos da área total da federação; Fujairah é um dos menores. Desde a abertura do novo porto de contêineres (início da década de 1980), a cidade de Fujairah tornou-se um importante ponto de transbordo. Nos Emirados Árabes Unidos, os cristãos são livres de praticar sua religião, mas a difusão do cristianismo entre os muçulmanos é severamente proibida.
Os Salesianos da Inspetoria de Chennai (Índia) ali chegaram em 2007 a convite do Vigário Apostólico, capuchinho, para dirigir a Escola Superior Santa Maria, do Vicariato Apostólico. Também lhes foi confiada a pastoral da vizinha Paróquia "Nossa Senhora do Perpétuo Socorro".
A Escola tem cerca de 2.500 alunos, do Jardim de Infância ao 12º Ano, de 40 países. As políticas de vistos e migração constituem um pesado desafio. Três salesianos trabalham na escola e, embora o Instituto seja "católico", as políticas governamentais não permitem o anúncio do Evangelho e a formação à Fé para os alunos cristãos. Entretanto, a escola é uma ágora onde crianças de diferentes religiões trabalham lado a lado e experimentam o valor da tolerância e do respeito por uma sociedade humana saudável.
"A nossa presença na escola é importante porque é um testemunho católico entre a grandíssima maioria dos jovens que não são cristãos" – sublinha o P. Maravilla – . Se fôssemos embora, o testemunho católico entre esses jovens desapareceria" – acrescentou o Conselheiro das Missões.
Em 2020, havia quase 850.000 trabalhadores estrangeiros e seus familiares católicos dependentes, nos Emirados Árabes Unidos, o que representava quase 9% da população total. O Vicariato Apostólico da Arábia do Sul, confiado desde 1916 aos Capuchinhos, é composto por Omã, Emirados Árabes Unidos e Iêmen. As 10 (dez) Paróquias nos Emirados Árabes Unidos, que atendem a trabalhadores estrangeiros imigrados, são internacionais, interculturais e inter-rituais.
Dois salesianos trabalham na paróquia, "que atende a pessoas de culturas e ritos católicos diferentes - continuou o P. Maravilla - . A nossa pastoral para estes migrantes, num contexto em que a vida de Fé e a vida cristã são difíceis, e sempre postas em discussão, é um importante trabalho missionário. Alimentar e fortalecer a Fé desses trabalhadores migrantes permitir-lhes-á transmiti-la aos seus filhos" – concluiu o Conselheiro Geral para as Missões, o qual, antes de partir, encorajou a Comunidade Salesiana a recordar sempre que o seu é um apostolado muito importante para a Igreja e a Congregação.