Vaticano – Milagre obtido por intercessão do Venerável Camille Costa de Beauregard é reconhecido

14 março 2024

(ANS – Cidade do Vaticano) – Durante a Audiência concedida quinta-feira, 14 de março de 2024, ao Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o Sumo Pontífice autorizou o mesmo Dicastério a promulgar o Decreto relativo ao milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Camille Costa de Beauregard, sacerdote diocesano, nascido em Chambéry (França) em 17 de fevereiro de 1841 e falecido na mesma cidade em 25 de março de 1910 – cuja causa está confiada à Postulação Salesiana.

O milagre – que levará à beatificação do Venerável Camille Costa de Beauregard – poderia ser definido “histórico”, pelo que isso implica em termos de provas apresentadas. Trata-se de uma cura que ocorreu em 28 de outubro de 1910. O beneficiário foi o pequeno René, de Chambéry, que sofrera um “trauma ocular causado por bardana, com lesão na córnea e ferida na conjuntiva”.

O jovem curado nasceu em 16 de outubro de 1899; e aos 5 anos, em 1904, ingressou no Orfanato du Bocage de Chambéry, fundado pelo Venerável Camille Costa de Beauregard. No dia 26 de setembro de 1910, enquanto viajava com seus companheiros, no caminho para Chambéry, brincava de arremessar os frutos espinhosos da bardana (gênero Arctium) e foi atingido no olho direito - para evitar problemas, no início, os meninos diziam que o olho havia sido atingido por uma pedra levantada por um veículo em alta velocidade na estrada.

René contará que “na época, pensei que ficaria cego, pois fazia muito tempo que não conseguia abrir o olho, uma vez que as dores eram muito fortes”. Assim que retornou ao Instituto, o pequeno órfão recebeu imediatamente uma lavagem ocular e uma pomada de iodofórmio.

No dia 27 de setembro, o médico Dr. Antoine Denarié foi examinar o olho, aprovando os cuidados prestados na véspera pela religiosa enfermeira, Ir. Joséphine Rigaud, das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, que prestavam serviço no Orfanato fundado por Costa de Beauregard.

No dia 1º de outubro de 1910, o olho não apresentou melhora e a Ir. Rigaud levou René ao oftalmologista Amédée Denarié, primo do médico assistente, que considerou grave a situação. O oftalmologista voltou a consultar o pequeno órfão nos dias seguintes, registando a persistência dos fenômenos inflamatórios “com obstinada tenacidade”.

No dia 20 de outubro, permanecendo a gravidade da lesão ocular, no clima de desânimo recordado pelo oftalmologista, a Ir. Rigaud iniciou uma novena invocando o saudoso Cônego De Beauregard, Fundador do Instituto em que ela e o pequeno René residiam. O menino ferido e toda a comunidade participaram da novena.

No dia 26 de outubro, sétimo dia da novena, a religiosa viu que o olho do menino parecia ter piorado: no dia seguinte ela aplicou um pedaço de pano que havia tocado os objetos usados ​​pelo falecido P. De Beauregard, morto havia alguns meses.

No dia 28 de outubro, último dia da novena, pela manhã, ao retirar o pedaço de pano com que havia tapado o olho ferido, ela percebeu que o olho estava curado.

No dia 2 de novembro de 1910, às 9h30, o oftalmologista Denarié observou que “o olho estava completamente curado: não havia nenhum vestígio de inflamação na conjuntiva, que recuperara a sua cor branca normal, e que a córnea havia recuperado o seu brilho e aspecto naturais”.

No dia 5 de novembro, o oftalmologista Denarié consultou novamente o paciente e certificou que “a recuperação estava completa”.

InfoANS

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