Como disse a Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, nas respostas aos questionários enviados tendo em vista o Sínodo sobre os jovens, “a Igreja não pode partir de onde os jovens não estão e levá-los para onde eles não querem ir. Mas podemos conduzi-los de onde estão para onde eles nunca teriam imaginado poder chegar”. Também porque é necessário reconhecer a tendência dos jovens de hoje a dedicar-se seriamente ao discernimento da própria vocação, em sentido humano e cristão.
As respostas enviadas por todas as Conferências Episcopais aos Questionários do Sínodo oferecem três cenários: sobretudo na Europa ocidental e setentrional, muitos jovens se consideram afastados da Igreja, sem interesse por Ela, e não querendo ser incomodados. Para a Igreja é um desafio que alerta para o recurso do respeito pelo ser humano e para uma empatia pastoral que focalize o não crente, mesmo na ausência de toda e qualquer colaboração.
Um segundo cenário trata dos jovens que fizeram a experiência da Fé, mas que depois a perderam. Alguns, em seguida, ainda mantêm contatos com a Fé, com frequência a partir da amizade e por causa do testemunho de coetâneos empenhados.
Em terceiro lugar, há o cenário dos jovens que optaram pela Fé. Veem-se aqui duas tendências. A primeira de jovens empenhados, que pedem à Igreja seja ‘fiel’ ao Evangelho e seja ‘clara’ na Mensagem. A segunda, de jovens que insistem por que a Igreja se esforce por ser ‘moderna’, dialogue com a atualidade. Será muito importante colher estas duas visões. Não tanto por seus elementos opostos mas por sua complementaridade.
A Conferência Episcopal Italiana incluiu entre suas boas práticas com os jovens a experiência do oratório, citando o contribuição de Dom Bosco. O coração dessa proposta é o zelo por uma comunidade educativa ao serviço dos jovens em condições de fazer interagir Fé e Vida, e de proporcionar aos jovens a experiência de um sadio protagonismo.
Se chamados a confrontar-se, juntos, sobre Fé e discernimento vocacional, os jovens de qualquer crença exprimem a necessidade de “companheiros de caminhada”, de guias que respeitem a liberdade (do jovem), proporcionando ao mesmo tempo os instrumentos necessários para tais processos.
A escolha da Igreja de realmente fazer um caminho junto - synodos - com os jovens é já uma resposta capaz de conectar-se com as suas expectativas e a sua abordagem.