O primeiro tema abordou a melhoria da comunicação entre o Diretor e o Responsável do oratório. “A comunicação é, para as relações interpessoais, equivalente à respiração para a vida: comunicar é uma necessidade e um desejo que carregamos dentro de nós – afirmou o P. García Morcuende durante as sessões de formação – . Todos sentimos necessidade de nos expressar e de nos relacionar. Quanto mais profunda for a nossa comunicação, mais profundos serão os nossos relacionamentos interpessoais. Hoje, as relações em nossas Comunidades Educativo-Pastorais (CEP) são cada vez mais complexas; e isso representa uma espécie de dilema a ser resolvido. Precisamos aprender a abrir espaço aos relacionamentos ‘tônicos’ e afastar aqueles que são ‘tóxicos’ ”.
O Conselheiro também insistiu nos cinco pontos que um Diretor ou Responsável, deve fazer, à luz do pensamento do Professor da ‘Harvard Business School’, Hubert Joly, que fala da filosofia dos cinco "Be's" (cinco formas de ser) como de uma nova imagem do líder, hoje.
Por fim, além da comunicação informal (não planejada), o Conselheiro tratou de mais quatro cenários mais estruturados das CEPs: o Conselho Local, o Conselho da CEP, o Projeto Educativo-Pastoral Salesiano local, a programação geral da Obra.
O segundo tema foi a educação ao amor, ou seja, como acompanhar os jovens no campo da afetividade e da sexualidade. Sobre o tema, o P. García Morcuende afirmou que “Dom Bosco escolheu conscientemente envolver-se diretamente na vida e nas situações físicas, emocionais, mentais e espirituais dos seus jovens. Muitas das suas histórias de abandono e solidão escondiam situações complexas que ele mesmo ajudou a iluminar e a orientar. A atenção à dimensão emocional era constantemente observada em seu Sistema Preventivo”.
A educação emocional representa, hoje, uma oportunidade, numa chave de interpretação atual, de ouvir e acolher preocupações, dúvidas e pesquisas no contexto de uma perspectiva integrada. O afeto e a sexualidade são dois aspectos essenciais do bem-estar; e são destinados a acompanhar as relações das pessoas ao longo da vida. Nos grupos e na assembleia foram partilhados conhecimentos, atitudes e sobretudo critérios educativos que conduzem gradualmente ao desenvolvimento de competências que ajudarão o educador a acompanhar os jovens de forma flexível e adequada em todos os contextos da vida.
Por fim, foi abordado o tema da identidade carismática e salesiana na Europa. O Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil desenvolveu algumas de tais propostas: abordar de maneira direta uma pastoral essencial e proativa, capaz de mobilizar; personalizar a Fé, tendo em conta a educação para a interioridade e a proposta de experiências significativas; e, por fim, fortalecer a experiência de comunidade além dos muros.
“A nossa realidade europeia pode representar uma oportunidade para a afirmação de uma nova sabedoria pastoral - declarou - . Tomar consciência da relação entre o que fizemos pastoralmente antes e o universo cultural e social de hoje ajuda-nos a compreender melhor não somente as mudanças forçadas que ocorrem mas também as premissas para as futuras mudanças possíveis. O que importa, nesta fase da história, são os fatos concretos, as decisões oportunas e as iniciativas corajosas. A melhor pastoral não é a de ontem nem a de amanhã, mas aquela que podemos imaginar e construir – juntos – hoje!”.
