Em 4 de janeiro de 2025, a paróquia organizou o Segundo Dia dos Trabalhadores Migrantes, com o tema "Partir seguros, permanecer seguros". O P. Ignatius Gari, Diretor Associado da ONG e da obra salesiana ‘Bosco Reach Out’ e coordenador dos trabalhadores migrantes da Inspetoria Índia-Guwahati (ING), participou do evento, que contou com a presença de cerca de 200 trabalhadores migrantes.
O P. Albert Thyrniang, pároco, partilhou os resultados da abrangente pesquisa, realizada em todas as 31 aldeias da paróquia de Satgaon entre maio e setembro de 2024. Os resultados forneceram uma compreensão aprofundada das tendências migratórias na paróquia. Mumbai emergiu como o destino mais popular, atraindo 782 trabalhadores, seguida por Bangalore com 274 e Kerala com 96. Entre as aldeias de proveniência, Boldampara (141 migrantes) liderou a lista, seguida por Rengthama nº 14 (125), Jalpara A (114) e Satgaon (107).
A distribuição etária dos migrantes revelou padrões interessantes: 501 pessoas têm entre 21 e 25 anos; 388 entre 26 e 30 anos; 322 entre 36 e 40 anos; 199 entre 31 e 35 anos; e 255 entre 18 e 35 anos. Em termos de emprego, a maioria (453) trabalha em empresas, 263 são colaboradores domésticos, 141 trabalha em restaurantes e 102 exerce outras funções domésticas. 352 dos migrantes não revelaram em que trabalham.
Durante o evento, os trabalhadores migrantes partilharam as suas experiências pessoais, abordando os desafios da separação prolongada das famílias e os aspectos positivos do seu trabalho.
Em seu discurso, o P. Gari destacou a missão e as atividades da ONG salesiana “Don Bosco for Migrants” (DB4M), organização salesiana nacional que colabora com diversas agências para apoiar os trabalhadores migrantes. Em seguida, descreveu as principais questões que afetam os migrantes, incluindo as causas da migração, práticas de migração segura, desafios e riscos, e os direitos dos trabalhadores migrantes. Por fim, o salesiano destacou a importância de ‘poupar’; de ter uma formação profissional e conhecimento das oportunidades de formação (oferecidas pelo “Bosco Reach Out” e outras agências que apoiam os migrantes e os grupos sociais mais necessitados).
Na reunião falaram também vários dignitários da Igreja e convidados locais. Eles não só elogiaram os migrantes por sua dedicação em apoiar as famílias: também destacaram os aspectos mais controversos, expressando preocupação por certas tendências, quais a evasão escolar e universitária, a migração infantil, o impacto da separação familiar, em que os membros frequentemente vivem em lugares diferentes.
Fonte: Dom Bosco Ásia Sul