Portugal – Ao terceiro dia redescobrimos Maria

02 setembro 2024

(ANS – Fátima) – O terceiro dia do Congresso Internacional de Maria Auxiliadora foi marcado por momentos de intensa espiritualidade, partilha de testemunhos impactantes, e por expressões artísticas que emocionaram os participantes. Destaque-se a récita do Terço e a procissão de velas, presidida por Dom Maksym Ryabukha, Bispo Auxiliar de Donetsk, na Ucrânia.

A manhã do terceiro dia do Congresso Internacional de Maria Auxiliadora teve início nas Eucaristias em diversas línguas. Já no Centro Paulo VI, a primeira conferência do dia teve como expositor o P. J. Bartolomé SDB, Licenciado em Teologia e Doutor em Sagrada Escritura.

Em sua apresentação – “Maria de Nazaré, Mestra na Arte do Discernimento” – o sacerdote destacou, a partir de várias passagens bíblicas, a trajetória de Maria, do nascimento de Jesus até Sua adolescência. Explorando a vocação de Maria como um modelo de Fé e de obediência à vontade de Deus, afirmou: “Antes de optar por Deus, teve de aceitar que Deus havia optado por Ela” e “Quem tem a consciência de ter sido chamado, sente-se agraciado por Ele. Como Maria, encontrar a própria vocação é ter encontrado a graça de Deus”.

Em sua apresentação, o P. J. Bartolomé destacou, ainda, que a vocação de Maria não terminou com o nascimento de Jesus, mas continuou ao longo da vida, sempre repleta de desafios e de novas revelações. “[Maria] terá de iniciar uma aventura com Deus justamente no momento em que pensava tivesse acabado. Deus não deixa facilmente descansar os seus melhores servos”. E em jeito de conclusão, afirmou: “Maria lembra-nos que Deus pode sempre pedir-nos mais do que já lhe tenhamos dado. O dever cumprido não nos exime da obediência ao que está por vir”.

Testemunhos de vida: desafiados por Deus, acompanhados por Maria

Os testemunhos de Filipa Andrade e de Dom Maksym Ryabukha, Bispo Auxiliar de Donetsk (Ucrânia) encheram a Sala de emoção e esperança.

Licenciada em Enfermagem, casada e com dois filhos, Filipa Andrade é a responsável e fundadora do coro da Eucaristia dominical das 12h30, nos Salesianos do Estoril. Educada numa família católica foi com alguma naturalidade que surgiu, em 1991, a motivação para criar, com os sobrinhos e outros jovens seus amigos, um coro para animar as Eucaristias dos domingos, nos Salesianos do Estoril. “Sabíamos que ter Deus na nossa vida era bom e que a Eucaristia era o caminho para Ele”, sublinhou Filipa.

Relatando, ao longo da sua intervenção, diversos episódios da sua vida em que sentiu, verdadeiramente, o amor e a presença de Deus, Filipa concluiu a sua partilha da seguinte forma: “Estas foram algumas histórias que Jesus e Maria escreveram comigo”.

Num testemunho também inspirador, Dom Maksym Ryabukha, Bispo Auxiliar de Donetsk, na Ucrânia, deu a conhecer a sua história de vida, marcada por um contexto sempre muito dificil. Com uma devoção mariana muito forte, o Bispo partilhou uma mensagem de esperança e resistência, mas sobretudo de profunda Fé e devoção. E destacou: “Graças à proteção de Maria, ninguém no Oratório ficou ferido ou foi atingido mortalmente”.

Maria – modelo para a juventude

A última tarde do Congresso Internacional de Maria Auxiliadora teve início com a conferência “Maria e a educação dos jovens de hoje”, apresentada pela Irmã Adriana Silva, Diretora-Geral do Instituto Maria Auxiliadora, de Montevidéu, no Uruguai.

Tendo destacado Maria como modelo para a juventude, a Ir. Adriana Silva explorou o “Sonho dos Nove Anos”, que representa a identidade e missão da Família Salesiana. “(…) o ‘Sonho dos Nove Anos’, em que se enquadra a temática geral deste Congresso (…) é um ícone inspirador da identidade e da missão de toda a Família carismática, fundada por ele”, sublinhou.

Segundo a Ir. Adriana Silva, Dom Bosco aprendeu e integrou o Sistema Preventivo a partir da sua devoção a Maria, Mãe e Mestra, que o acompanhou desde o início de sua caminhada espiritual. Para além disso, a ligação de Dom Bosco com Maria se evidencia por mui variados sonhos ao longo da sua vida: eles moldaram a Sua missão de amor misericordioso e de serviço a Cristo.

Recordando as palavras do Papa Francisco, a religiosa concluiu a sua apresentação: “O mundo precisa de jovens e educadores contemplativos, segundo o estilo de Maria, capazes de meditar e interrogar-se: «Para onde está a caminhar a humanidade?», «Onde está?», «O que nos está a dizer Deus através dos acontecimentos deste tempo?». O mundo precisa – mais – de  jovens e educadores capazes de empenhar todas as suas potencialidades na busca e na construção do bem-comum e da amizade social”. 

Contemplar a Mãe

A tarde de sábado ficou marcada pelo concerto do P. Maurizio Palazzo, Mestre de capela e Organista titular da Basílica de Maria Auxiliadora (Turim). O repertório escolhido ajudou a criar uma atmosfera de contemplação através da musica, levando o público a um profundo estado de meditação e de oração.

O P. Maurizio foi acompanhado pelas vozes de Francesca Incardo, Francesca Rosa, Francesca Cederle, Gemma Gurrado, Frederico Cucinella e Gabriele Spesso, que encheram o Auditório de emoção.

Também os Jovens tiveram o seu momento especial neste Congresso Internacional: um encontro com o Vigário do Reitor-Mor, P. Stefano Martoglio. Destacando a importância da presença dos jovens neste Evento, como parte da grande FS, o Vigário pediu aos jovens que, divididos por grupos de partilha, pudessem responder a algumas questões sobre o encontro. “Os jovens são o presente; a presença juvenil dita a vitalidade da Devoção a Maria Auxiliadora e a vitalidade do Carisma salesiano”, sublinhou D. Stefano Martoglio.

A tarde terminou com a conferência do P. Pier Luigi Cameroni SDB sobre a Santidade Salesiana, apresentando exemplos concretos de vidas dedicadas a Deus e aos outros. Foram recordadas as vidas do Servo de Deus, Luís Bolla; da Beata Eusébia Palomino; e da Beata Alexandrina Maria da Costa.

Terço e Procissão à luz de velas: Unidade e Fé

O terço e a procissão pela paz, presidida por Dom Maksym Ryabukha, Bispo Auxiliar de Donetsk, fechou, com chave de ouro, esse terceiro dia do Congresso. D. Maksym Ryabukha conduziu os Fiéis numa procissão pela paz, pedindo a intercessão de Maria para todos os conflitos e injustiças do mundo.

O terço recitado em várias línguas refletiu a Universalidade da Devoção a Maria e a Unidade da Igreja em Sua diversidade.

InfoANS

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