“Os pobres mais pobres do reino” – Os indígenas representam aproximadamente 60% da população do município de Campinápolis (MT). Hoje, são aproximadamente 10 mil indígenas, da etnia xavante, na região, distribuídos em mais de 200 aldeias. As comunidades são extremamente carentes; necessitam de projetos que venham ao encontro das necessidades deles na produção, orientações para o cultivo da terra, até por questão cultural, além de apoio financeiro para compra de materiais, adubo e sementes.
Fome — Um dos maiores problemas que os indígenas enfrentam é a questão da subsistência. Este problema se agravou no período da pandemia. Aproximadamente 500 indígenas são regularmente contratados pelos governos estadual e municipal para atuarem no campo da educação. Com as atividades das escolas interrompidas, os contratos não foram feitos. Só agora, já no mês de maio, é que esses educadores começaram a ser contratados. Todos eles sobrevivem com suas famílias do salário recebido. Sem o recurso, as famílias estão passando fome. Há vários casos de crianças com baixo peso e desnutridas; e até mortes (de crianças), por doenças agravadas pela falta de alimento.
Benfeitores — O socorro tem chegado pela intervenção dos missionários salesianos que atuam na Paróquia Pessoal São Domingos Sávio, que abrange a maioria das aldeias. Neste ano, já foram feitas algumas ações. São cerca de R$ 90 mil aplicados em cestas básicas, em parcerias com a Missão Salesiana, Operação Mato Grosso, a Paróquia Imaculada Conceição, de Bilac (SP), e CIMI. Mas a demanda é muito maior do que o já recebido. “Isso aí é uma ajuda que a gente faz, mas a gente vê que é ainda muito pequena para atender a grande demanda da população”, revela o salesiano diácono José Alves de Oliveira.
Para os indígenas, o pouco recebido parece muito, e o sentimento é de profunda gratidão. O Vice-Cacique xavante, Moisés, da aldeia São Pedro, traduz esse sentimento. “Essa doação é motivo de muita alegria para toda a nossa comunidade; por isso eu agradeço muito a todos vocês”, afirmou. O mesmo sentimento é expresso pelo Cacique Vitório, da aldeia Imaculada Conceição, que gravou um vídeo para ser enviado aos Benfeitores. Lá foram distribuídos, além dos mantimentos, roupas e calçados. “Muito obrigado por ter-se lembrado de nós”, afirmou.
Euclides Fernandes Brites
Delegado Inspetorial para Comunicação Social BCG
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https://www.infoans.org/pt/secoes/noticias/item/12992-brasil-benfeitores-socorrem-indigenas-que-passam-necessidades-durante-a-pandemia#sigProIdc8a7f840a5