“O coração do novo Manual do Diretor – afirmou o P. Ivo Coelho – está nisto: o Diretor Salesiano não é só diretor da Comunidade Religiosa SDB mas também da Comunidade Educativa Pastoral (CEP). É sobretudo custódio, quer da identidade salesiana consagrada para a Comunidade Religiosa, quer da identidade salesiana para a Comunidade Educativa Pastoral”.
“Dentro dele está toda a riqueza da nossa tradição – prossegue o P. Roggia, do mesmo Dicastério – , a partir do «Zele por fazer-se amar», entregue por Dom Bosco ao P. Rua, quando este foi, como Diretor, a Mirabello. Mas junto há também toda a riqueza que adveio das 316 contribuições enviadas de todas as Regiões salesianas”.
P. Silvio, o texto, na primeira parte, apresenta a identidade consagrada salesiana. Que transparece daí?
As primeiras páginas focalizam a nossa identidade de Salesianos consagrados nas duas formas em que vivemos a nossa única vocação, como salesianos coadjutores (leigos) e salesianos clérigos (ordenados), dentro da FS e na Igreja. O Diretor salesiano é chamado a desenvolver e confirmar a identidade salesiana entre os seus irmãos e em tudo o que a presença salesiana significa no entorno. ‘O Diretor como fiador e guarda do Carisma Salesiano’ – esta foi uma das mensagens mais sublinhadas, transversalmente presente nas 316 contribuições, vindas das sete Regiões salesianas.
Na II Parte, apresenta-se o Diretor na Comunidade Religiosa Salesiana. Que linhas oferece?
Retomando os temas guias do CG27 (místicos no espírito, profetas de fraternidade, servos dos jovens) bem se colhe o dom e a responsabilidade que a Presença do diretor é chamada a ser na Comunidade. Levam-se em consideração modalidades e meios: da boa-noite ao projeto comunitário; e do papel do conselho local aos momentos de assembleia dos irmãos.Desenha-se assim o tipo de acompanhamento que se pede ao Diretor para com cada coirmão. E, por falar de acompanhamento, há mais um importante trabalho que logo estará à disposição de todos os irmãos: “Salesianos Jovens e Acompanhamento – Orientações e Normas”.
Quanto à “missão salesiana partilhada”, que diz o novo Manual?
Aproveitando de uma intervenção do P. Vecchi, em que explicita que não há presenças de ‘sós’ salesianos, o texto dedica muita atenção a como a Comunidade salesiana pode tornar-se ponto de referência carismático na Comunidade Educativa Pastoral (CEP), isto é, como continuar a semear o carisma pedagógico espiritual de Dom Bosco, a fim de que continue a florescer e a trazer frutos entre os jovens.
O que significa este Manual para cada Salesiano singularmente?
Escreve o Reitor-Mor no Prefácio: “A todos vós, pois, meus queridos irmãos, ofereço este presente, fruto de um devotado trabalho de síntese de todos os desenvolvimentos que se deram na Igreja e na Congregação nestes últimos 30 anos”.
É um presente que se torna também tarefa, primeiramente para quem desempenha um papel de animação e governo.
Da entrevista do P. Roggia está disponível também um vídeo.