Itália – SDB Change Congress, fala o Ecônomo Geral: "Da energia às emergências sociais, salesianos prontos para grandes desafios"

(ANS - Roma) - Com o SDB Change Congress, pela primeira vez a Congregação Salesiana reuniu, em um congresso, seus Ecônomos Inspetoriais, os responsáveis pelos Escritórios de Planejamento e Desenvolvimento, os Diretores das Procuradorias, os responsáveis ​​pela arrecadação de fundos e todas as outras pessoas-chaves para a gestão econômica da Família Salesiana, espalhadas pelas 134 nações do mundo; e chamou todos a trabalhar pela eficiência econômica, pela vocação aos jovens e pelo testemunho da pobreza. O encontro, que começou na segunda-feira passada e termina hoje em Roma, na Pontifícia Universidade Salesiana, serviu para "reforçar nossa energia, nosso saber, sempre com foco na espiritualidade e a vocação dos jovens. “Devemos sempre confrontar-nos melhor para ajudar os jovens para um futuro que será mais complexo e turbulento”, explica o Sr. Jean Paul Muller, Ecônomo Geral da Congregação.

O desafio da mudança aparece logo no título do Congresso. O que precisa ser mudado?

Por um lado, a mudança está diante de nossos olhos. Vemos as transformações do cenário geopolítico, o drama dos refugiados da África, os grandes problemas sociais que atravessam a Ásia e a Europa. Por outro, há os desafios das inovações tecnológicas, da inteligência artificial às criptomoedas, e os da agenda mundial, a começar pela economia sustentável. Por outro lado, existe a nossa capacidade de mudar. Cada pessoa que tem a responsabilidade de garantir os muros e as estruturas em que educamos, ao redor do mundo, enfrenta desafios novos, sem precedentes, mas que têm muitas características em comum. É por isso que decidimos, pela primeira vez, fazer esse grande esforço de nos encontrarmos fisicamente para pensarmos juntos em possíveis soluções, para dar uma resposta salesiana às questões que o mundo contemporâneo apresenta.

A economia desempenha claramente um papel importante nesta mudança. Como a alta dos preços e das matérias-primas impacta a atividade de vocês?

Sou Ecônomo Geral há doze anos e nunca havia presenciado uma situação como esta. De vários centros administrativos surgem problemas de liquidez: usaram as reservas para manter os centros e pagar salários nos meses da pandemia e agora, diante do aumento de todos os custos, são obrigados a se endividar para manter a atividade. Este também é um tema que discutimos: alguns souberam responder bem à mudança. Aqueles que já haviam investido nos anos anteriores para se tornarem autônomos do ponto de vista energético, por exemplo. Mas há também escolas, em algumas zonas, que redescobriram a agricultura, utilizando os gramados à volta das estruturas para cultivar os vegetais para as cantinas. Como Congregação, temos hoje a Casa Generalícia, aqui em Roma, junto à Estação Termini, que parece um canteiro de obras a céu aberto, porque queremos reduzir ao máximo todo o desperdício de energia e emissões poluentes. Claro que é difícil para todos: recentemente organizamos um plano de ajuda para a região de Tigray e, quando preparamos tudo, vimos que o valor que antes nos permitia enviar três caminhões de ajuda hoje é suficiente apenas para um caminhão ...

Quais são os principais temas abordados do congresso?

Estamos preparando este evento há dois anos e meio. Escolhemos cinco temas cruciais: economia sustentável, espiritualidade salesiana, inteligência artificial, comunicação do futuro, prevenção da corrupção. Para nós, salesianos, a ideia de preparar os bons cidadãos do futuro é fundamental. Mas o que significa hoje ser bons cidadãos em um contexto onde, por exemplo, existe uma corrupção desenfreada? Ou, então, o que significa ser bons cidadãos em relação ao impacto de nossas escolhas cotidianas no meio ambiente? Estes são os tipos de questões que debatemos.

E encontraram as respostas?

Obviamente não existem respostas definitivas para as grandes questões dos nossos tempos. Mas esperamos que os participantes voltem para casa com mais motivação, otimismo e consciência. Discutimos também questões sobre as quais sou quase analfabeto, como moedas digitais ou inteligência artificial. Mas em alguns países estas coisas são normais e não podemos deixar de estar preparados, não podemos dizer "isso não nos interessa": são "coisas novas" que pertencem à realidade em que nossos jovens estarão imersos e precisamos conhecê-las para prepará-los para o mundo.

InfoANS

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