Gostaria que se apresentasse.
Sou o P. Arnel Jason B. Mengote SDB, da Inspetoria Filipinas Sul (FIS). Sou o quarto filho de uma família de nove pessoas. Em 2006, após nove meses de estudos no Centro Salesiano de Formação, entrei para o seminário. Inicialmente, eu estava me preparando para seguir a carreira militar, mas o encontro com os salesianos de Borongan, Eastern Samar, e a influência de Dom Bosco mudaram o rumo da minha vida. Junto com outros três colegas, fui ordenado sacerdote durante a pandemia, no dia 29 de junho de 2021, Solenidade de São Pedro e São Paulo. Sinto-me incrivelmente abençoado pela possibilidade de realizar o meu sonho de ser missionário. Atualmente estou servindo em Moçambique, na África.
O que o inspirou a se tornar missionário?
Durante o aspirantado, um missionário italiano que serviu na China veio às Filipinas para encontrar os nossos noviços chineses que estavam prestes a professar como salesianos. Durante uma de suas boas-noites, relatou suas experiências de trabalho missionário, e isso despertou um chamado profundo dentro de mim. De fato, na primeira Profissão, depois do noviciado, eu já tinha manifestado o desejo de um dia poder partir para as Missões. Deus foi tão generoso em dar-me este presente! Além disso, tornar-me missionário é a minha forma de expressar gratidão a Deus pelas muitas bênçãos que me concedeu: minha vida e minha vocação salesiana. Estou ciente de que o progresso do meu amado país se deve aos missionários zelosos e dedicados que ali trabalharam. Por isso, escolher o caminho das Missões é a minha forma de expressar gratidão a eles: embora não possa prometer que chegarei a igualá-los em seus resultados, farei o possível para ser de grande ajuda aos meus semelhantes.
Como se sente em relação ao país para onde está indo? Você tem algum medo ou preocupação sobre o novo local, cultura ou pessoas?
Tive muitos medos e preocupações antes de embarcar para a minha missão, especialmente quando soube que iria para a África. Eu estava preocupado com a barreira do idioma, com a adaptação à culinária local, com a construção de relacionamentos tanto com as pessoas quanto com meus colegas missionários e, principalmente, com a vida entre pessoas de diferentes origens religiosas. Vindo de um país predominantemente católico, era a primeira vez que saía da minha zona de conforto. Contudo, antes de iniciar o curso missionário, passei quatro meses no novo local de missão, o que me deu uma noção da situação. Embora meus medos fossem justificados, percebi que Deus, como Providência, nos dá tudo o de que precisamos. Nós apenas precisamos dar o salto de Fé e confiar nEle.
Qual foi a reação dos seus familiares, amigos e coirmãos, quando você compartilhou com eles sua vocação missionária?
Ao saber que eu partiria como missionário, meus familiares e amigos ficaram surpresos. Viver num país católico como as Filipinas é um privilégio que oferece um elevado nível de conforto e segurança. Minha decisão repentina de viajar para um país muito diferente os pegou de surpresa. Os meus coirmãos, por sua vez, reagiram de forma diferente, com um grande incentivo e apoio. Muitos me expressaram seus parabéns não apenas por partir mas também porque iria trabalhar para outra Inspetoria.
Quais são os planos e aspirações para sua vida missionária?
Na minha vida missionária os planos e aspirações giram em torno da possibilidade de ajudar, da melhor maneira possível, a comunidade e o lugar para o qual fui designado. Tenho como objetivo melhorar constantemente e adquirir os conhecimentos e competências necessários para ser sempre relevante e responder às demandas do momento.
Entre os grandes missionários, há algum modelo cujo estilo de vida e devoção você deseja imitar?
Nossos protomártires salesianos, São Luís Versiglia e São Calisto Caravário, me inspiram na vida missionária. Não pretendo me tornar um mártir como eles, mas me sinto atraído por sua disponibilidade, abertura, dedicação e lealdade. Eles personificam os pilares do nosso trabalho missionário e, como muitos outros, considero-os excelentes modelos.
Você tem alguma mensagem para os jovens sobre o chamado e a vocação missionária?
Um dos meus colegas disse certa vez que escolheu a missão para vivenciar a aventura da vida, enquanto outro enfatizou a importância de correr riscos. Compartilho a mesma mensagem com os jovens: abracem os riscos, aproveitem a vida e embarquem em aventuras; entretanto, os riscos e aventuras mais belos e mais gratificantes da vida são aqueles que cumprimos por Deus, junto às pessoas que Ele ama, especialmente os menores, os últimos, os perdidos.
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