Você pode se apresentar?
Nasci em 23 de outubro de 1998 em Loja-Equador; sou o segundo de três filhos do casamento de Lilia Teresa e Klimer Gonzalo. Minha irmã mais velha, Andrea, tem 25 anos, e a mais nova, Camila, 20. Conheci os salesianos na Escola Santo Tomás, em Riobamba, onde me formei. Fiz o noviciado e a primeira Profissão no México, no dia 16 de agosto de 2018; estudei Filosofia e Pedagogia na Universidade Politécnica Salesiana, de Quito, e fui felizmente enviado como assistente às missões amazônicas de Yaupi e Wasakentsa.
Atualmente estou cursando o Pós-noviciado Internacional São Francisco de Assis, em Quito, enquanto me preparo para ir à minha nova Inspetoria, em Moçambique.
O que o inspirou a se tornar missionário?
Jesus e suas palavras no Evangelho: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15,13). Há também um motivo mais pessoal: lembro-me de que aos oito anos, quando entrei na escola salesiana, um sacerdote salesiano me deu uma bolsinha de camurça azul com as letras brancas impressas em italiano: “Missioni Salesiane” (Missões Salesianas) e uma medalha prateada de Dom Bosco, que ainda conservo.
Como você se sente em relação ao país para onde está indo? Você tem algum medo ou apreensão acerca do novo lugar, cultura ou pessoas?
Estou mais do que feliz, embora, claro, o limite das minhas condições humanas me cause um pouco de medo (no sentido de não poder dar o máximo...). Mas a plena confiança nAquele que me chamou me dá coragem para o superar.
Qual foi a reação dos seus familiares, amigos e coirmãos quando você compartilhou com eles sua vocação missionária?
Eles choraram de emoção. Meu pai, minha mãe e minhas irmãs sempre me acompanharam neste caminho de discernimento. Acho que o mais surpreendente para eles foi o dia em que receberam a notícia do meu destino missionário, porque aquele dia, que parecia tão distante, chegou. Meus amigos e companheiros comemoraram comigo, com muitas mensagens de felicitações e alegria.
Quais são seus planos e sonhos para a vida missionária?
Na minha experiência como salesiano aprendi que fazer planos e projetos pessoais é uma forma de fazer Deus sorrir..., porque os planos que Ele tem para cada um de nós são melhores. Mas, como filho de Dom Bosco, sim, sonho promover o meu trabalho com os jovens por meio dos esportes.
Entre os grandes missionários, há algum modelo cujo estilo de vida e devoção você gostaria de imitar?
Sim, o P. “Yánkuam Jintia”, i. é: o P. Luís Bolla, salesiano, missionário no Equador e no Peru. Ele deu a vida a serviço dos povos Shuar e Ashuar, na Amazônia. Hoje é já ‘Servo de Deus’ por seu amor apaixonado e dedicação à missão: comia como os nativos a quem servia; trabalhava como eles; vivia como eles. E eles o amavam como se fosse um deles. Ele nunca deixou de sonhar, por mais difícil que fosse a vida na floresta; nem de proclamar o amor de Deus, criando seu próprio método original a partir da realidade.
Tive a oportunidade de encontrá-lo numa ocasião significativa: na beatificação de Irmã Maria Troncatti, do Inatituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que ocorreu em Macas, no dia 24 de novembro de 2012 - um ano antes de seu retorno à Casa do Pai.
Você tem alguma mensagem para os jovens sobre o chamado à vida missionária?
Tenho! Queridos jovens, antes de mais nada: nunca deixem de sonhar acordados. Não há idade para deixar de sonhar. Precisamos ter sempre um sonho - não importa quão grande, médio ou pequeno ele seja - como projeto de vida. Precisamos sonhar sempre!
Em segundo lugar, “tudo está bem quando acaba bem”. Às vezes surgem “pesadelos”: saibam porém que em qualquer caminho que tomarem na vida, haverá dificuldades. Mas façam com que sua paixão não abandone as esperanças.
Sorriam, costumava dizer Dom Bosco: “O sorriso é a curva que endireita tudo”. A alegria do coração irá ajudá-los a descobrir quais sejam de fato os sonhos de Deus acerca de vocês.