Guatemala – A primeira religiosa indígena com título universitário

18 maio 2022

(ANS – San Pedro Carchá) – Quinta-feira passada, 12 de maio de 2022, a Irmã Zoila Caal Cacao, da população indígena «quekchí», recebeu com satisfação o Diploma em Administração de Empresas, curso que coroou no júbilo os seus esforços de cinco longos anos de estudo. Não foi fácil para ela, Superiora Geral da Congregação das ‘Irmãs da Ressurreição’ (HR), congregação religiosa feminina indígena, 22º Grupo da Família Salesiana (FS).

Outras sete Irmãs da mesma Congregação estão a estudar para se tornar professoras de escola secundária: no mesmo dia, de fato, também a Ir. Manuela Cucul recebeu um diploma correspondente.

Tudo isso foi possível, graças à realização daquela que inicialmente podia parecer uma ideia extravagante e visionaria: a de fundar uma sede distanciada da ‘Universidade Mesoamericana da Guatemala’ (UMES), dirigida pelos Salesianos, orientada fundamentalmente à população indígena. Tal intuição, própria do missionário salesiano P. Jorge Puthenpura, Fundador das Irmãs da Ressurreição, já completou ao invés agora sete anos. E de tal forma também se radicou que se tornou um corpo sadiamente vigoroso.

De fato, o campus da UMES, em São Padro Carchá, no Departamento de Alta Verapez, é hoje uma das sedes destacadas da UMES, fora da Capital do País (as outras estão em Quetzaltenango e em Morales); e pode oferecer aos seus alunos seis Cursos de láurea: Administração de Empresas, Administração Educativa, Trabalho Social, Magistério para Escola Média, Magistério para Escola Elementar, e - pupila dos olhos! - Agronomia, curso que atrai a maioria dos alunos. Com uma população prevalentemente rural, ele reveste um sentido de urgente utilidade.

O seu desenvolvimento é tal que o número de alunos aumenta de ano para ano. E, sobretudo, a maior parte deles provém da realidade indígena dos «Quekchí». Semelhante e constante aumento já levou a uma expansão das estruturas do campus, com a construção de um novo e moderno bloco de três andares (já em funcionamento).

O Salesianos estão no departamento de Carchá desde 1935. A 200 quilômetros ao norte da capital da Guatemala, a Missão salesiana se desenvolveu vigorosamente. Hoje conta com oito missionários salesianos, que dão assistência pastoral a 430 (!) Comunidades rurais.

Os maiores sucessos atualmente foram a adoção da língua local – o «quekchí» – como veículo ordinário para o trabalho pastoral; a promoção do protagonismo dos leigos, com uma grande diversidade de papéis e funções; e a plena identificação dos religiosos com a vida ordinária da população indígena.

Outro importante projeto educativo para a juventude indígena são os “Centros Dom Bosco”, que juntos educam mais de 2.000 jovens na modalidade da educação formal com colégio. Este ramo missionário é coordenado pelo salesiano australiano, P.  Antonio De Groot.

InfoANS

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