Homem forte, missionário intrépido, empreendedor incansável, construtor genial, lutador indefesso pela defesa dos direitos dos indígenas, além de válido explorador – tudo isso foi Monsenhor Fagnano e como tal emergiu do confronto dos vários estudiosos. O P. Francesco Motto apresentou o contexto e os eventos que o tiveram como protagonista; Maria Gabriella Dionisi traçou-lhe a figura na literatura de viagem; e Nicolau Bottiglieri ilustrou o mundo dos «índios», através das fotos que a nós nos chegaram. Mais: a fala sobre a Missão evangelizadora da Igreja na correspondência de Mons. Fagnano coube ao P. Antonio Escudero; e a sua figura na correspondência com as Filhas de Maria Auxiliadora foi desenhada por Maria Vanda Pena.
O resultado foi um retrato perfeito, com luzes e sombras, que o conhecido antropólogo P. Juan Bottasso retomou em suas conclusões.
Por ocasião do seminário, a Monsenhor Fagnano – a seu pesar testemunha e protagonista da última “tragédia da modernidade”, quando as sociedades do Chile e da Argentina, imitando os Estados Unidos, buscaram resolver o “problema dos índios” ou com as armas ou marginalizando-os da Sociedade nacional – a Monsenhor pois foi dedicado o volume “El Capitán Bueno” (O Chefe Bom), aos cuidados do Prof. Motto, com várias contribuições já publicadas na revista “Ricerche Storiche Salesiane” (Pesquisas Históricas Salesianas)”, mas volume enriquecido por um precioso apêndice de fotos.
Mons. Fagnano viu-se envolvido na aludida tragédia quando, em 1887, se transferiu para a “Sibéria antártica”, na qual a cidade de Punta Arenas era considerada o último posto avançado do mundo civil.
No decorrer das falas não faltou uma alusão ao volume editado na Argentina “Iglesia y Estado en la Patagonia. Repensando las misiones salesianas (1880-1916)”, volume cuidado por A. Fresia, M. A. Nicoletti e J. Picca.