À margem da celebração, os responsáveis pela editora comentaram a situação por que a instituição atravessa com a pandemia; e falaram sobre como precisaram se reinventar para poder fortalecer o trabalho a serviço da educação sem interromper as atividades por um único momento sequer.
As origens desta obra remontam a 1920, quando o salesiano missionário italiano, P. Luigi Natale Strazzieri - L.N.S. - escreveu o livro "História do Equador", uma obra de caráter educativo que foi entregue à escola "Cristóvão Colombo", de Guayaquil, e que acabou sendo adotada por diversas outras ordens religiosas.
Ao longo do tempo, a atenção da editora não se concentrou apenas em livros, mas também na produção de material audiovisual, o que levou à criação dos "Audiovisuales Don Bosco" (ADB) e à passagem de uma editora que produzia livros a uma editora de fornecimento de subsídios educativos.
Não foi fácil para a EDB produzir livros na área educacional, pois para gerar um acervo são necessários aproximadamente 64 textos para os alunos desde o primeiro ano do Ensino Fundamental Básico ao terceiro ano do ‘Bacharelado Geral Unificado’. Isto implica um grande trabalho em equipe e um forte compromisso por parte dos profissionais envolvidos, que hoje são cerca de 150 e atuam nas diversas áreas.
Em 2019, antes da pandemia, foram impressos cerca de 900.000 textos para alunos de escolas salesianas e de outras instituições de educação. Apesar das complicações surgidas em 2020, a editora desenvolveu mais de 200 projetos editoriais, entre publicações pastorais, literatura infanto-juvenil, divisão educativa, educação digital, projetos audiovisuais... E passou em 70% dos concursos públicos, fator que permite continuar a divulgar bons livros - impressos e digitais - para estudantes de todo o país.
Para se adaptar ao mercado atual, a EDB também criou uma loja on-line, passando rapidamente ao livro digital. Mas valeu a pena: “Se não tivéssemos dado esse passo, teríamos falido e teria sido uma pena deixar que a pandemia acabasse com 100 anos de história” - comenta o atual gerente Marcelo Mejía.
A comemoração do Centenário começou com um evento cultural em 2020 e um rico plano de atividades. A pandemia, no entanto, levou à suspensão dos eventos.
Entre os desafios institucionais atuais destacamos a reprodução do primeiro livro sobre a História do Equador e, acima de tudo, a continuação do trabalho em favor da educação e da boa imprensa. Esta obra tem, de fato, duas razões de ser: a primeira é proporcionar um produto de qualidade às crianças, adolescentes e jovens equatorianos; e a segunda é financiar bolsas de estudo e alimentação para crianças e jovens em situação de rua.