Em sua fala para a ocasião, o Reitor P. Javier Herrán recordou que nas circunstâncias daqueles dias, ao ver os estudantes e voluntários que se empenhavam por agir, via neles os futuros empresários e funcionários estatais e, sobretudo, uma nova geração de profissionais que manifestava, a cada momento, vizinhança e solidariedade aos seus irmãos indígenas. Com voz embargada pela emoção, concluiu: “Creio não ter sonhado que este mundo é possível”.
Em nome dos estudantes, falou Carla Altamirano, afirmando que a obra humanitária empreendida se apoia na frase de Dom Bosco: “A educação é obra do coração”. Sublinhou que a inteira Comunidade universitária – alunos, professores e funcionários – se reuniu para ajudar; e que muitíssimas mais pessoas estiveram envolvidas nesse trabalho de construir um País melhor.
Além da Universidade Politécnica Salesiana, receberam o prêmio a Pontifícia Universidade Católica, do Equador; a Escola Politécnica Nacional; a Universidade Central do Equador; a Universidade Andina “Simón Bolívar”; e a Casa da Cultura Equatoriana. Essas também serviram como centros de acolhença e de auxílio humanitário.
Antes da entrega do documento de reconhecimento, disse o Presidente da Comissão, Dr. Jimmy Candell Soto, que a Comissão por ele representada não podia não sublinhar o grande sentido de responsabilidade e de atenção devotados pela Universidade em tal conjuntura. Sublinhou outrossim que as atividades desenvolvidas nas Instituições se justificavam no quadro da solidariedade, do humanismo, ‘nec non’ do respeito ao direito de protesto.
“Em tempos em que reinam ódio, divisão e fratura social, a universidade equatoriana deve fazer sentir a sua voz: voz serena, humanista, responsável, solidária… Outorgamos este reconhecimento a fim de que o pensamento prevaleça sobre a brutalidade, o diálogo sobre a violência” – disse o presidente da CECCYT.
A Universidade Politécnica Salesiana desempenhou um papel fundamental na crise sociopolítica vivida recentemente pelo País. Fiel ao carisma do seu Patrono, foi uma casa de acolhida e acompanhamento espiritual para com seus irmãos indígenas, pondo acima de tudo o seu próprio bem-estar.