Por Fládima Christofari
Uma semana depois, o grupo chegou na aldeia Bororo Arareiáo, em Santo Antônio do Leverger (MT). A aldeia fica perto da margem do rio Arareiáo, afluente à esquerda do rio São Lourenço. Devido às especificidades do solo da região, foi necessário contratar uma empresa para perfurá-lo.
Por meio do projeto AMA foram instalados tanque de água, painéis solares, bomba e uma fonte com chuveiro. “Desta maneira, os moradores poderão beber água não poluída. A do rio recebe agrotóxicos das grandes plantações de soja, algodão e milho” – destacou o Ir. Alois Würstle, Coordenador do projeto.
O projeto AMA teve início na década de ‘70, inicialmente com o nome de Ajuda Motorizada da Amazônia legal. Nessa época, veículos militares doados pela Suíça foram utilizados principalmente na construção de estradas e pontes nas estradas das três missões atendidas pelos salesianos: Merúri, São Marcos, Sangradouro.
Após 10 anos, com o término do convênio com a Suíça, a MSMT optou por dar continuidade ao projeto com recursos próprios e ajuda de benfeitores da Alemanha, Itália, Estados Unidos, Espanha e Suíça. Embora tenha continuado com a mesma sigla, o significado de AMA passou a ser Assistência Missionária Ambulante.
O projeto AMA continua fornecendo apoio ao missionários na manutenção de máquinas, na construção e manutenção de usinas hidroelétricas e mais recentemente está mais empenhado na construção de poços para levar água potável às diversas aldeias da região que sofrem com a falta de água ou que consomem águas contaminadas. Nos últimos anos, foram construídos mais de 250 poços tubulares.