A pergunta nasce espontânea: ‘Que faz a Sociedade perante tamanha problemática?’. Algumas instituições governativas e religiosas contribuem diariamente para lhe dar uma solução. A «Fundação Dom Bosco», do Chile, participou da apresentação pública dos números da “Contagem de crianças e adolescentes de rua” (NNA, em espanhol), feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e da Família, em 6 de maio último.
O estudo levado a termo pela ‘Universidade Alberto Hurtado’ revelou que 547 crianças ou adolescentes no último ano teriam passado pelo menos uma noite na rua, sem contar com um adulto responsável por perto.
O Ministro Alfredo Moreno sublinhou que “os problemas dessas crianças são muito graves: consumo de álcool, drogas, realidades dramáticas vividas. Demos um passo importante para visibilizar este problema: é que não se pode progredir na solução de um problema enquanto não se conhecer”.
O Diretor executivo da «Fundação Dom Bosco», Sergio Mercado, sublinhou no jornal ‘La Tercera’ que os menores que vivem na rua são «invisíveis» à Sociedade: a contagem serve para preencher essa lacuna. “O menino de rua já não é aquele estereótipo que todos imaginamos: de roupa rasgada, sujo, molambento. Esse não existe mais. Hoje, é muito limpinho. E até muito igualzinho a qualquer outro da sua idade: está totalmente integrado nas redes, tem Facebook... E não se verá a diferença enquanto não se for para o meio do campo” – explica.
As medidas a serem tomadas a curto prazo são percursos de aproximação disponíveis 24 horas por dia, sete dias na semana, em três regiões do País: Metropolitana, Valparaíso, Biobio. Os executores do Programa trabalharão em todas as horas para completar o trabalho de campo com as crianças e os adolescentes inseridos no Programa. Além disso, serão abertos dois ‘refúgios’ de emergência durante o inverno na Região Metropolitana e em Valparaíso, capazes de sediar cada qual entre 10 a 20 crianças e adolescentes.
Do lançamento participaram também o Subsecretário para a Infância, Carol Bown; o Defensor da Infância, Patricia Muñoz; Representantes das organizações UNICEF, “Hogar de Cristo”, “Fundación América Solidaria”, “Fundación para la Confianza”, Associação Chilena dos municípios e ‘Universidade Alberto Hurtado’.
Fonte: ‘Diario La Tercera’