Caótica e com tantas contradições é Campala, capital da Uganda. É a metrópole mais desejada pelos habitantes dos povoados do País, os quais na grande cidade vão arriscar a própria sorte. “O salário médio aqui é de 20.000/30.000 xelins (ugandenses): 300.000 por ano (perto de 1.000 dólares americanos)” – explica o P. Elie Nyandwi, Diretor da missão dos salesianos, em Namugongo, a uns trinta quilômetros de Campala. Presentes desde 2006 e há dez anos apoiados por “Missões Dom Bosco”, de Turim, ali eles dirigem o Centro “Children And Life Mission” (CALM), que acolhe cada dia perto de 150 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “Na Uganda existe criminalidade porque o povo é pobre – sublinha o mesmo P. Elie Nyandwi – . A economia se baseia no pequeno comércio. Achar um trabalho é muito difícil. Sobretudo para os jovens”.
O centro de Namugongo, com uma escola elementar e outra materna, acolhe sobretudo crianças órfãs e refugiadas, e rapazes com situações familiares difíceis. “Alguns querem tornar-se sacerdotes, outros militares e outros ainda homens de negócios” – acrescenta o religioso.
O Projeto da escola elementar salesiana, em Namugongo, iniciou em 2015 e foi sustentado pela Procuradoria Missionária Salesiana de Turim, “Missões Dom Bosco”. A mesma Procuradoria lançou recentemente mais um projeto beneficente, na Uganda, dentro do campo de refugiados, de Palabek, aonde os Salesianos chegaram no ano passado.
Os refugiados ali acolhidos são sobretudo sul-sudaneses católicos que têm necessidade de assistência pastoral, litúrgica e espiritual; e sentem fome e sede de Sacramentos, de S. Missa, de outras atividade pastorais e espirituais.
Amanhã de noite, na Vigília Pascal, serão 150 os catecúmenos que, em Palabek, irão reber o Santo Batismo!
No último ano e meio, foram organizados pelo menos doze pontos de oração, onde se celebram Santas Missas e demais programas litúrgicos: dizem-se sempre em campo aberto. Mas isso obviamente nem sempre se pode fazer sem problemas.
Por isso os salesianos tomaram a decisão de levantar 12 pequenas Capelas, algumas sólidas e duradouras, outras semipermanentes: assim, através da oração e de outras atividades eclesiais, eles poderão difundir a paz e a fraternidade.