“O P. Thaiparambil mexeu com a vida de muitas crianças e adolescentes de rua [em Calcutá e Nova Délhi]; e nos seus últimos dias rezava por eles constantemente” – disse dele o P. Jose Mathew, Inspetor da Índia-Nova Délhi (INN).
Além de ser um modelo para tantos voluntários que depois lhe seguiriam os passos, foi provavelmente ele a inspirar o personagem de Paul Lambert, o missionário francês ativo entre os mais pobres das barracópoles, no célebre romance “A Cidade da Alegria”, de Dominic Lapierre. O P. Thaiparambil, de fato, iniciara a trabalhar pelas crianças e meninos de rua no mesmo cômodo da barracópole de Pilkhana, perto da estação ferroviária de Howrah, que era alugada por Lapierre para escrever a sua obra-prima.
O salesiano obtivera seu ‘Master’ como Assistente Social e via em seu derredor um sem número inquietante de crianças a vagar pelos arredores da estação de trem, de Howrah, em Calcutá. Notava também que durante o dia faziam humildes trabalhinhos e que de noite deviam conquistar-se um mínimo de segurança.
Incapaz de suportar tal miséria, o P. Thaiparambil decidiu agir.
No dia 8 de dezembro de 1985, com o apoio da ONG “Seva Sanga Samity”, abriu o primeiro refúgio noturno para 14 meninos de rua e começou a viver com eles. Na inauguração do primeiro refúgio “Ashalayam” (Casa da Esperança), em Belilious Road, Howrah, em 1991, e do segundo refúgio, em Bhattnagar, Howrah, em 1995, veio também Madre Teresa de Calcutá.
A futura Santa, quando soube que o P. Thaiparambil queria lançar o projeto das casa de acolhença, lhe dissera: “Nós cuidaremos das meninas. Vocês dediquem-se aos rapazes”.
Sucessivamente o salesiano foi a Nova Délhi e, no decurso de 10 anos, abriu nada menos que três centros para meninos de rua: em 1997 o centro “Don Bosco Ashalayam”, em Bindapur; em 1999 um segundo em Palam Gaon; e em 2007 mais um em Lucknow (a seguir transferido a Mohanlalganj).
Hoje são mais de 500 as crianças que residem nas 23 casas de acolhença “Ashalayam”, nos distritos de Howrah, Calcutá e Nadia. Arredondando os números, já ajudaram até hoje a cerca de 80.000 entre crianças e adolescentes.