Venezuela – Os Bispos do País: “É urgente ouvir o grito do povo por uma mudança”

25 janeiro 2019

(ANS – Caracas) – Enquanto o mundo observa com atenção e preocupado os eventos em curso na Venezuela, o Santo Padre demonstra desde o Panamá toda a sua vizinhança à Nação, “rezando pelas vítimas e por todos os venezuelanos”. A situação venezuelana é dramática: mortos, feridos, prisões, pessoas obrigadas a buscar refúgio nas igrejas… Há sobretudo um País dividido, um Povo que ulteriormente dividiu todo o Mundo. Os Bispos da Venezuela afirmam com coragem, audácia e verdade que o povo, “por causa da deterioração do respeito aos seus direitos, vive numa situação dramática e gravíssima”.

“O dia 23 de janeiro de 1958 é uma data histórica para todos os venezuelanos, um sinal inspirador quer do triunfo da razão social sobre o abuso do poder, quer da unidade do povo débil perante o desmantelamento de um regime de abusos, corrupção e repressão (a esconder em si todos os males que um governo autoritário podia deter)» – assim começa a Mensagem da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) por ocasião da Festa Nacional que recorda o dia 23 janeiro de há 61 anos atrás, quando a revolta popular apeou a ditadura de Perez Jiménez e marcou a volta da democracia àquela Nação.

“Infelizmente, a deterioração da vida democrática por causa de fatores que todos conhecem, abriu a porta para o ingresso de um regime de governo em que muitos haviam deposto suas esperanças, mas que, ao final, foi contrário aos princípios da ética social e ao respeito da dignidade da Pessoa humana” – prossegue o comunicado.

A mensagem passa a descrever a hodierna situação do País: “As marchas organizadas para este 23 de janeiro, por todo o território nacional, são um sinal de esperança, algo novo que começa a germinar em nossa Nação. Os Venezuelanos não podemos ser meros expectadores de quanto está a ocorrer pelo País”.

Por fim, os Bispos chamam à reflexão e à oração: “O dia 23 de janeiro deve ser outrossim um dia de reflexão e oração. Somos Pessoas de crença e de piedade. Pedimos a Nossa Senhora de Coromoto, Padroeira da Venezuela, que tome sob Sua proteção cada um dos venezuelanos, cada uma das famílias, em sua busca de bem-estar e liberdade”.

A mensagem, com data de 22 de janeiro, é assinada por Dom José Luis Azuaje Ayala, Arcebispo de Maracaibo, Presidente da CEV, e pelos Bispos da Presidência.

Neste momento, na Venezuela, a Oposição fez-se coesa e revitalizada em torno da figura do Presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó.

Fonte: Agência Fides

InfoANS

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