Vaticano – O Cardeal Augusto Hlond SDB a caminho da Venerabilidade

16 maio 2018

(ANS – Cidade do Vaticano) – Em 15 de maio de 2018, na Sessão ordinária dos Cardeais e Bispos membros da Congregação das Causas dos Santos, foi expresso parecer positivo acerca da fama de santidade e do exercício das virtudes heroicas do Servo de Deus Dom Augusto Hlond (1881-1948), da Sociedade de S. Francisco de Sales (salesianos), Arcebispo de Gniezno e Varsóvia, Fundador da Sociedade de Cristo para os Emigrados da Polônia.

Augusto Hlond nasceu em Brzęczkowice, Alta Silésia, no dia 5 de julho de 1881 e morreu em Varsóvia aos 22 de outubro de 1948. Tendo entrado muito jovem para a Sociedade Salesiana, fez o noviciado na Itália, em  Foglizzo Canavese (Piemonte). Depois da profissão religiosa foi enviado a Roma onde frequentou a Universidade Gregoriana. Ordenado de sacerdote aos 23 de setembro de 1905, foi Diretor de várias Casas salesianas, tanto em Przemyśl quanto depois em Viena, Áustria.

Foi o primeiro Superior da Inspetoria Teuto-Hungaresa. Em Viena teve a possibilidade de fazer-se apreciar por Dom Aquiles Ratti, o qual, elevado ao Sólio Pontifício, o nomeou Administrador Apostólico da Alta Slesia, uma responsabilidade de excepcional delicadeza.

Eleito Bispo de Katowice em 14 de dezembro de 1925, foi em 24 de junho de 1926 promovido à Sede Arquiepiscopal de Gniezno e Poznań, recebendo também o título de ‘Primaz da Polônia’. Recebeu a púrpura cardinalícia das mãos do Papa Ratti em 20 de junho de 1927. Em 1932 fundou uma congregação: a “Societas Christi pro Emigrantibus Polonis” (Sociedade de Cristo para os Emigrados poloneses).

Em 1936, conduziu, como Primaz de Polônia, o I Sínodo dos Bispos Poloneses. Tornou-se um grande promotor da Ação Católica. Foi o primeiro pastor na Polônia – se não em todo o mundo – a instituir a ‘Festa da Juventude’. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, o Cardeal Hlond a pedido do governo polonês, de acordo com o Núncio Apostólico, foi a Roma para informar o Santo Padre acerca da situação... trágica da Polônia destroçada por Hitler. Impossibilitado de retornar, refugiou-se em Lourdes, França. Em setembro de 1944 foi deportado pelos nazistas para a Alemanha, conseguindo voltar à Pátria em julho de 1945.

Em 1946, embora mantendo a sede de Gniezno, foi nomeado, por Pio XII, Arcebispo de Varsóvia. Um Pastor “com os olhos lançados ao futuro” – definiu-o o Venerável Cardeal Stefan Wyszyński, seu Sucessor.

O Servo de Deus, que morreu com o rosário entre as mãos, nutriu sempre profunda devoção à Mãe Auxiliadora, de Quem difundiu o culto na Polônia, e consagrou sua Pátria ao Coração Imaculado de Maria.

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