A sua reflexão é a mesma que se fazem muitos jovens que Salesianos e voluntários conheceram através do projeto apenas concluído, ativado em parceria com o Centro Dom Bosco de Tambacounda e financiado pela Agência Italiana para a Cooperação ao Desenvolvimento, com o objetivo de criar alternativas à migração irregular.
“As ações que fizemos – explica a Dra. Schinelli – ensinaram-nos muitas coisas, fizeram-nos entrar em contato com a realidade de uma migração irregular que ainda hoje não tem intenção de cessar e menos ainda de mudar de rota”.
“Durante uma missão na zona de Goudiry, um dos lugares do projeto – continua a cooperante –, detive-me a conversar com alguns jovens em formação, jovens que já tinham tomado o caminho do Mediterrâneo, mas se dizem dispostos a partir novamente caso não encontrem trabalho depois da formação prevista pelo projeto, dispostos a arriscar novamente a vida ao longo da grande rota”.
Muitos jovens sabem do risco da viagem pelas costas da Europa, mas dizem-se prontos a enfrentá-la porque não podem mais suportar a situação em que vivem. Muitas vezes, porém, ignoram a verdadeira realidade que há na Europa, as dificuldades que encontrarão quando chegaram à Itália para obter a licença de permanência, um trabalho, uma casa e criar uma vida, a vida tão sonhada ao longo da viagem.
Os Salesianos, Missões Dom Bosco e VIS continuam a trabalhar no campo em colaboração com as dioceses e autoridades locais para criar alternativas no Senegal, Etiópia, Gana, através de projetos de desenvolvimento adequados a garantir aos potenciais migrantes trabalho na própria terra, e através de campanhas de informação para fazer com que fiquem cientes dos riscos da viagem.
Outras informações estão disponíveis no sítio de “Missioni Don Bosco”.