A Obra está situada numa comunidade que continua a estender-se pelas encostas das montanhas, composta sobretudo por milhares de jovens e mães com recursos limitados; e, recentemente, também por outros milhares de migrantes vindos da Venezuela em busca de oportunidades por uma vida melhor. A todos eles, a Obra salesiana oferece uma forma de evadir-se da pobreza por meio de educação e formação; e da violência, por meio de cursos específicos de formação a valores e da ajuda material.
Em 1994, quando foi lançada a primeira pedra, Ciudad Bolívar já era uma das áreas mais desfavorecidas ao sul de Bogotá. Os assentamentos ‘informais’ eram extensos e abrigavam milhares de pessoas que buscavam sobreviver à violência interna. Aquela realidade ainda não mudou muito, uma vez que também hoje novos assentamentos de migrantes se sobrepõem nos terrenos mais elevados, nas chamadas “invasões”.
As casas dessas pessoas, construídas pelos próprios moradores, são precárias e feitas com plástico, tábuas, pouquíssimo metal, materiais reciclados. Em muitos casos, as pessoas que ali vivem sofrem violência e abuso, sendo obrigadas a pagar por terras que nem sequer pertencem a quem as aluga.
Nesta realidade - onde uma estátua de Maria Auxiliadora parece observar com compaixão de Mãe as casas que cobrem as colinas de Ciudad Bolívar - vivem quase 900.000 pessoas: 18% das famílias não satisfazem as próprias necessidades primárias (alimentação, serviços, habitação, instrução, educação). Ciudad Bolívar continua sendo uma área com alta imigração (venezuelana) e também uma das áreas mais perigosas de Bogotá, com mui sérios problemas (conflitos sociais e gangues armadas - algumas lideradas por adolescentes - , que lutam pelo controle do território.
No início da década de ‘90 do século passado os salesianos adquiriram 47.000 metros quadrados, marcando um importante desafio e o início de um caminho que os levou a oferecer, aos jovens e aos adultos em alto risco social. programas educativos, sociais e programas de promoção populares. O objetivo, desde o início, foi trazê-los dignamente para o mundo do trabalho e envolvê-los na transformação do seu ambiente como “bons cristãos e cidadãos honestos”, tal como queria Dom Bosco.
Visto que em muitos casos, devido à insegurança e à distância, os menores e jovens de Cuidad Bolívar encontram dificuldades para ir à Casa de Dom Bosco, os responsáveis pelo tempo livre e os assistentes sociais se dirigem com frequência às diferentes zonas para, realizar atividades sócio-recreativas com os menores.
Além disso, o centro continua a ser um ponto-chave de apoio e alternativas educativas e pedagógicas para os jovens, com 13 (treze) Programas de formação técnica, incluindo mecânica de automóvel e industrial, cursos de culinária, atividades esportivas e artísticas e acolhimento de jovens migrantes por meio da Casa de Acolhimento para Jovens Venezuelanos (CAJOV), ao mesmo tempo em que apoia as famílias.
O centro também oferece atendimento a 120 adultos e 40 mães solteiras que passam por acompanhamento personalizado, enquanto aos sábados são organizadas atividades recreativas nas ruas para formar as crianças nos valores civis e cristãos, tão necessários em sua realidade.
Por fim, o trabalho social e pastoral do ‘Centro salesiano Juan Bosco Obrero’ é completado pelo Santuário do Divino Niño que, além de receber peregrinações diárias de todos os Países da América e oferecer oportunidades espirituais a todos os Fiéis, também oferece oportunidades de assistência e formação em empreendedorismo para mães solteiras com poucos recursos.
Fonte: Misiones Salesianas