A palestra ofereceu uma visão da história da cidade de Salamanca, a partir dos bens culturais que preservam um rico carisma salesiano, para valorizar e salvaguardar a sua memória.
“Salamanca foi um viveiro de muitas vocações salesianas que, juntamente com Ex-alunos, Salesianos Cooperadores e membros da Família Salesiana, se espalharam pelo mundo”. Foi assim que o P. Torres iniciou o seu discurso, afirmando que Salamanca não pode ser compreendida sem os salesianos, assim como os salesianos não podem ser compreendidos sem Salamanca.
O objetivo da palestra foi, portanto, apresentar parte da rica herança salesiana de Salamanca e despertar o interesse em transmitir essa herança.
A palestra não poderia deixar de mencionar a riqueza arquitetônica dos centros São José de Pizarrales e Maria Auxiliadora, que fica ao lado da escola salesiana Dom Bosco. Também foram apresentadas imagens e crônicas do rico arquivo das casas, conduzindo por uma viagem pela história salesiana da cidade.
História que começa em 30 de dezembro de 1898, com a chegada dos primeiros salesianos que deram os primeiros passos na paróquia de San Benito, onde foram ministrados os ensinamentos elementares de desenho, maquete, alvenaria e música.
Durante a projeção de algumas fotografias, foram descritas as fases seguintes da obra: a compra do terreno para a construção da escola Maria Auxiliadora, em 11 de julho de 1900; o início das obras em 1902; a inauguração e bênção da nova escola, em 9 de outubro de 1909, o início da construção da nova igreja de Maria Auxiliadora e sua inauguração em 14 de junho de 1945.
A escola São Benito foi oficialmente encerrada em 1 de julho de 1955, data em que o centro foi entregue à diocese. Na mesma data, a comunidade salesiana transferiu-se para a escola Maria Auxiliadora, junto com um grupo de 160 alunos que frequentavam os cursos de verão. Em setembro do mesmo ano, a nova escola São José abriu suas portas no bairro Pizarrales. Era a nova presença salesiana na cidade, que a partir daquele momento ofereceria cursos de formação profissional e acolheria alunos da escola São Benito.
Estes primeiros anos deixaram diversas imagens e obras artísticas, que hoje constituem um rico catálogo, à disposição de todos os interessados em estudar o seu valor artístico ou científico.
Juntamente com o seu patrimônio material, a cidade de Salamanca pode orgulhar-se de um precioso patrimônio cultural e religioso. A contribuição do sistema educativo salesiano para o mundo da educação da cidade produziu gerações de “bons cristãos e honestos cidadãos”, que ultrapassam os limites de Castela.
Os vários grupos da Família Salesiana, com seu carisma particular, são outra contribuição para a cidade. Também não podemos deixar de mencionar a grande devoção a Maria Auxiliadora, visível nas ruas e nas casas, com a presença de capelas domésticas.
A presença salesiana em Salamanca abre-se agora, para o futuro, com renovado impulso. A memória histórica se torna, para cada um de seus destinatários, educadores, animadores, famílias e membros da Família Salesiana, um desafio que se tornou profecia: continuar a responder às necessidades de educação e de evangelização cristã das novas gerações que serão o futuro da Igreja e da sociedade, na cidade de Salamanca e no mundo inteiro.