A vigília de oração do sábado à noite, animada por um grupo de jovens num ambiente de recolhimento e de músicas artísticos e cantos, foi como uma sequência de breves meditações e "ecos pessoais" sobre as virtudes típicas de Jesus durante os anos em Nazaré (oração, trabalho, humildade, obediência, pureza).
Devido a um atraso na viagem, o Reitor-Mor, pôde apenas cumprimentar rapidamente todos os presentes após a Vigília. Durante o jantar, encontrou-se com os salesianos em clima de grande familiaridade.
Na manhã de domingo, ao dar o “bom-dia”, abordou os seguintes pontos: a alegria de estar ali, a ação de graças a Deus e a quantos – consagrados e leigos – foram Seus ministros-instrumentos nestes 127 anos de presença salesiana em Nazaré; o incentivo a olhar para além do contingente atual, marcado pela diminuição do número de pessoas - o que em todo o caso convida à humildade - ; a importância do significado das presenças.
A este respeito, confidenciou: “Quando eu era estudante de teologia em Santiago de Compostela, o então Reitor-Mor, P. Egidio Viganò, fez uma visita e disse que a Congregação sempre faria de tudo para manter a sua presença em três lugares de absoluto valor: Jerusalém, Roma e Santiago. Hoje quis estar aqui entre vocês para reforçar esta mesma decisão, acrescentando que, para nós, Viedma, na Argentina, onde estão os túmulos do Cardeal Cagliero e do Santo Artêmides Zatti, também tem um valor semelhante”.
A solene Concelebração matinal na Basílica foi inundada por um sol brilhante. O Diretor, P. Munir Al-Ra'y, dirigiu cordiais palavras de boas-vindas ao Reitor-Mor, ao Bispo latino da Galileia, Dom Rafiq Nahra, ao Bispo Greco-Melquita, Dom Yusef Matta, e a todos os presentes, e convidou a recordar os grandes fundadores e benfeitores da Basílica, em particular o casal Foäche e o Abade Caron.
Na homilia, o Reitor-Mor expressou a alegria de estarem reunidos como uma grande família cristã em torno de Jesus Adolescente.
Na Primeira Leitura (1Reis,7-12) o jovem Rei Salomão pede a Deus prudência e sabedoria para cumprir a sua tarefa, ao serviço de Deus e do seu povo. É isso que todo cristão, todo jovem deve pedir em oração – observou. Infelizmente, hoje em dia muitos líderes procuram apenas o poder: carecem da verdadeira sabedoria. E a passagem do Evangelho de Jesus, aos doze anos, entre os doutores no templo (Lc 2, 41-52), convida-nos a estar sempre prontos para as surpresas de Deus e, sobretudo, a considerar a resposta de Jesus como dirigida a cada um: “Não sabeis que me devo ocupar das coisas do meu Pai?”, ou seja: “que devo fazer a Sua vontade?”. Cada um, recordou o P. Á. F. Artime, deve se perguntar, em cada circunstância, qual é o plano de Deus para si. “Se mantivermos esta atitude, temos a certeza de que daqui a 100 anos a Família cristã, juntamente com os salesianos e a Família Salesiana, estarão aqui para celebrar o segundo centenário”.
Dom Rafiq Nahra, por sua vez, agradeceu a ação educativa e pastoral salesiana nas cinco presenças dos salesianos e três das Filhas de Maria Auxiliadora na Terra Santa, que ele pessoalmente teve a oportunidade de apreciar, e espera que continuem, com a eficácia do sistema pedagógico e espiritual de Dom Bosco, ao serviço dos tão necessitados jovens de Israel e da Palestina.
No final da celebração, o Inspetor do MOR dirigiu palavras de agradecimento e votos de felicidades, terminando com uma referência à exortação apostólica ‘Christus Vivit’, na qual o Papa Francisco aponta o exemplo dos santos imitadores de Jesus Adolescente, incluindo Teresa de Lisieux e Domingos Sávio.