Portugal – O Papa aos Voluntários da JMJ: Sede surfistas do amor e da caridade

07 agosto 2023
Foto: © Vatican News

(ANS – Lisboa) – O Papa Francisco se despede de Lisboa com um último encontro: com aqueles jovens que, com empenho laborioso, tornaram possível a ‘JMJ Lisboa 2023’: “Que o serviço prestado seja a primeira de inúmeras ‘ondas’ de bem”.

Um exército de 25.000 jovens - dois terços dos quais mocinhas - , procedentes de 150 Países, com uma média de idade de 28 anos: estes sºao os jovens que o apa chama “surfistas do amor”: os voluntários que, cavalgando as ondas da caridade, “tornaram possíveis estes inolvidáveis dias” da JMJ Lisboa 2023. O Papa vai-lhes ao encontro no “Passeio marítimo de Algés”, último encontro antes do regresso do Pontífice ao Vaticano. Estes jovens – que aplaudem, cantam, enaltecem o Papa e que por meses trabalharam “longe do clamor e sem as luzes da ribalta” – se tornaram um exemplo, explica Francisco, por “terem trabalhado como vera e compacta equipe!”.

Os voluntários acolhem o Papa com um Vídeo de saudação, em que explicam as razões por que empreenderam a experiência do voluntariado, cada qual movido por um desejo e necessidade diferentes e por diferentes pessoais anseios... Uma alegria íntima, racontada em três testemunhos: no de Clara, de Francisco e de Felipe, em que dizem ao Papa o que significa sentir-se Igreja viva; que sentido tenha esta viagem e esta peregrinação à JMJ.

E quanto o trabalho desses jovens e moças tenha sido importante sintetiza-o muito bem o Pontífice, quando diz que “quem ama não se fica de braços cruzados; quem ama serve”, como Maria: “Levantou-se e foi depressa” à Isabel (tema da JMJ).

“Quem ama corre a servir, corre a desvelar-se no serviço aos outros. E quanto VV. correram, não?! Quanto correram nestes meses!” - sugere o Papa com cumplicidade. Este foi o trabalho de todos os voluntários que, nestes meses e nestes dias, responderam a mil necessidades - aponta ainda Francisco - : por vezes com o rosto marcado pelo cansaço; outras vezes acossados pelas urgências do momento:

“Notei uma coisa – prossegue ainda o Santo Padre -: que tinham os olhos luminosos: luminosos pela alegria de servir! Obrigado! VV. tornaram possível este Encontro Mundial da Juventude; fizeram coisas grandes nos gestos mais pequeninos - como na garrafinha d’água oferecida a um desconhecido: isto cria amizade”.

“Correram tanto – continua Francisco – ; mas não em corrida frenética, sem rumo, que por vezes é aquela do nosso mundo… Vocês correram diferentemente: corriam pelos outros, pelo servir aos outros em nome do Senhor Jesus. VV. vieram a Lisboa para servir e não para ser servidos! Obrigado! Muito obrigado!”.

O Papa se torna, ao depois, num como “amplificador”, para divulgar quanto se disse nos testemunhos de Clara, Francisco e Felipe. Os três “falaram de um encontro especial com Cristo”, daquele encontro que “faz caminhar e viver realmente a vida”, porque o encontro com o Cristo “é o mais importante da vida”: renová-lo diariamente “é o coração da vida ‘cristã’. E há que renová-lo cada dia, mantê-lo viçoso; não só na cabeça: também no coração”.

A despedida de Francisco de Lisboa e dos Jovens da DMJ se dá com uma imagem: com a de Nazaré - localidade ao norte de Lisboa - : ali as ondas alcançam até 30 metros. São “uma atração mundial para os surfistas, que as ‘cavalgam’ ”, diz Francisco - que compara tais ondas à “uma autêntica... ondada: não de água, mas de jovens: jovens como Vocês, que confluíram e inundaram esta cidade”. Uma ondada que os Voluntários souberam surfar “com o auxílio de Deus e com inigualável generosidade”, amparando-se mutuamente.

De ali, pois, o evocativo apelo conclusivo do Pontífice: “Quero dizer-lhes: continuem assim, continuem a surfar as ondas do amor e da caridade: ‘Sede surfistas do Amor!’. E esta é a tarefa que lhes confio neste momento: o serviço que prestaram nesta JMJ seja a primeira de tantas ondas de bem; cada vez serão levados para mais alto, para mais perto de Deus. E isto lhes permitirá contemplar, desde uma perspectiva cada vez melhor, a sua estrada e o seu caminhar”.

InfoANS

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