A sessão foi aberta com a fala do consultor e colaborador especialista do Ecônomo Geral, Dr. Janko Jochimsen, que ministrou uma palestra com o tema "Recursos para garantir a missão", delineando os desafios atuais que aguardam os participantes ao voltarem às respectivas sedes, o caminho que ainda precisam percorrer rumo ao futuro e as ferramentas para alcançá-lo.
Na sequência, o P. Rafael Bejarano, Responsável pelas Obras e Serviços Sociais salesianos, moderou uma mesa redonda da qual participaram, além do Reitor-Mor, Cinzia Arena, Administradora Mundial e a Ir. Ena Veralis Bolaños, Ecônoma Geral das Filhas de Maria Auxiliadora.
Respondendo às várias perguntas do moderador, a Dra. Arena destacou a necessidade de mudar o paradigma, passando da concepção utilitarista da economia atual para uma que se concentre no bem comum. Em seguida, ao elogiar a escolha dos temas dos dias anteriores e as contribuições que foram expostas, destacou a importância de continuar a acompanhar os jovens em mundos e realidades como os da Inteligência Artificial ou da Deep Web, que eles já frequentam, muitas vezes de sozinhos e sem referências. Por isso, lembrou também a importância de oferecer aos jovens modelos adultos credíveis e responsáveis.
A Ecônoma Geral das FMA, por sua vez, focou suas respostas na economia como dimensão fundamental para a vida de todos. Por isso, insistiu que a administração e a gestão econômica não podem ser delegadas exclusivamente aos Ecônomos. "A administração diz respeito aos bens da missão, portanto, cabe a todos", observou. Por isso, também mencionou a necessidade de repensar os projetos formativos dos religiosos com maior atenção ao tema econômico e identificou algumas atitudes a serem abandonadas: a indiferença em relação à economia, bem como, ao contrário, o serviço na economia vivido como poder.
Por fim, o P. Ángel Fernández Artime falou sobre sua experiência de nove anos como Reitor-Mor e de suas viagens a 108 países e a todas as Inspetorias, lembrando como o serviço da administração está sempre voltado para a missão juvenil e para sua realização como pessoas, como cidadãos honestos e bons crentes. “Não somos animadores de jovens. Todas as nossas estruturas precisam trabalhar para preparar os jovens para a vida, caso contrário não estaremos completando a missão salesiana (…) Nossas casas não foram feitas para manter os jovens, mas para fortalecer suas personalidades”.
Mais uma vez, reiterou a palavra de ordem da transparência e observou que os desafios no trabalho, hoje, é um fenômeno global. Além disso, lembrou a espiritualidade salesiana e a sensibilidade da pessoa do ecônomo como elemento central para a correta gestão das casas, das Inspetorias e de toda a Congregação. “Tudo passa pelo coração: não precisamos de Ecônomos que não tenham um coração que sofra com as crianças. Quando o coração é a economia, ela está a serviço da missão”.
Em seguida, fixou o olhar na escultura de Mamãe Margarida presente no palco e afirmou que a mãe de Dom Bosco possuía aquele coração necessário para os ecônomos. E, se é verdade que ainda precisam ser dados muitos passos, um importante avanço já foi feito nos últimos anos.
Por fim, concluiu convidando a confiar em Deus: “Quanto mais generosos formos em nosso serviço, e penso em Mamãe Margarida e em Dom Bosco, mais a Providência estará conosco”.
Em seu discurso final, o Sr. Muller, além de agradecer aos organizadores e participantes, pediu a todos que valorizassem o que vivenciaram no Congresso. "O futuro é incerto, mas a nossa rede é uma corda à qual podemos nos agarrar nas dificuldades... Deixemos de pensar local e regionalmente e convidemos e escutemos os jovens durante as nossas reuniões e nossos encontros" foram as suas últimas palavras aos participantes.
Por fim, o último evento do congresso, a Eucaristia presidida pelo P. Ángel Fernández Artime na paróquia de "Santa Maria da Esperança", adjacente à UPS.
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