O Relatório, de fato, apresenta as Linhas de animação da Madre com seu Conselho Geral para o crescimento das pessoas e das comunidades educativas tornadas concretas através das perspectivas da Formação, Pastoral Juvenil, Missão ’ad gentes', Comunicação, Família Salesiana, e através do serviço realizado pela Administração e a Secretaria. Da cada perspectiva emerge a silhueta da “metodologia de ateliê”, a indicação precisa sobre os processos iniciados e as indicações acerca dos que devem ser potenciados tendo em vista o futuro.
A Superiora Geral não só evidencia os elementos mais significativos do caminho feito à luz dos sinais dos tempos, da realidade das comunidades educativas, dos desafios dos jovens, das indicações da Igreja e das instâncias da Sociedade, mas propõe alguns “esboços de roteiro” em torno de três palavras-chave: formação, missão, ecologia integral.
“Dar prioridade à formação em todas as suas dimensões – humana, espiritual, carismática, cultural, profissional – diz – é uma responsabilidade elementar e inderrogável”. De fato, a formação é “o melhor investimento” e é necessário “não sacrificá-la às urgências da missão, perdendo de vista a sua inteireza”; o que só é possível “se formos habitadas – diz – pela convicção de que da formação depende a qualidade da vida do Instituto”.
Um aspecto específico da formação é “a educação à interculturalidade como testemunho profético”, como aspecto que “faz parte da identidade e da vocação educativa do Instituto”. Além disso, num mundo que tende a excluir e criar barreiras, “a ‘intergeneracionalidade’ pode tornar-se profecia de um jeito diferente de viver”. O êxito “só é possível caminhando juntos: FMA e Leigos; e isto requer ‘projetação’ e realização de estruturas de acompanhamento para formar os Leigos à gestão das (nossas) obras”.
Num processo de ressignificação das comunidades à luz do carisma, a Madre Reungoat sublinha a importância “de garantir continuidade e desenvolvimento às obras em favor dos mais pobres e dos marginalizados”, num processo de contínua, dinâmica e criativa atualização
Diz entre outras coisas que a caminhada – na ótica do Pacto Educativo Global desejado pelo Papa Francisco – é um impulso “a interagir na Família Salesiana com as Entidades, as Instituições e os grupos com os quais entramos em rede”.
Uma ulterior dimensão imprescindível “é a da ecologia integral”, declara a Superiora Geral das FMA. Alargando o olhar, afirma sem mais que é indispensável “recuperar a dimensão da sobriedade da vida”, da atenção ao grito da Terra e dos pobres. Por fim, numa época de nova evangelização, sublinha a importância “carismática da formação catequística” das FMA – “um campo caraterístico da missão do Instituto na Igreja, mas que requer inovação, adequação aos tempos e às linguagens”.