Os desafios, colhidos no trabalho dos mais de 230 delegados provenientes de 134 Países, são tais que pedem um relevo especial no lugar que viu o nascer de Joãozinho Bosco e o amadurecimento de sua vocação de serviço aos jovens. "Não foi somente o nascimento de uma vida preciosa, como é cada vida humana, mas de uma vida que tinha um desígnio em Deus" – sublinhou o Reitor-Mor em sua homilia. Há 205 anos ocorreu o evento que marcou e marca uma decidida mudança de ritmo na Igreja e na sociedade, relativamente às novas gerações.
A situação dos jovens varia segundo a sucessão dos fatos e também segundo a geografia; e isso por vezes os lança numa situação de incerteza, de espera, de repressão. "Com Dom Bosco reafirmamos a preferência pela juventude pobre, abandonada, que tem uma necessidade maior de ser amada e evangelizada" – sublinhou o Reitor-Mor em suas palavras aos fiéis que subiram ao Colle e àqueles coligados por ‘streaming’.
Ancorar-se em Dom Bosco – e na sua escola de vida e de fé – é o ponto de partida reafirmado pelo último Capítulo Geral, o qual examina e propõe para o novo sexênio oito grandes objetivos. O primeiro deles é o de pôr em primeiro plano o carisma do Santo dos jovens, cujo intérprete é no presente a Congregação. E a par disso a consciência de que o ponto de chegada do serviço dos salesianos deve ser o de levar as pessoas a encontrar-se com Jesus Cristo. De fato, retomando a linda oração que o seu predecessor, P. Pascual Chávez, apresentou por ocasião do reconhecimento do corpo de Dom Bosco em vista da peregrinação mundial da sua Relíquia, o P. Fernández Artime quis acrescentar o pedido a Dom Bosco de "ter a sua mesma fé para conseguir levar aos jovens o melhor para eles: Deus".
Trata-se de ir ao encontro de tantos rapazes "maltratados" pela vida, a fim de que o seu desejo de resgate seja buscável, graças a alguém que se faça seu amigo, "cuide deles". Na homilia, o Reitor-Mor ainda acrescentou: "Dom Bosco não nasceu assim: se fez assim". O salesiano pode se sentir encorajado por esta consideração, que sugere um "método", e que, ao mesmo tempo, empenha a deixar-se plasmar pelo serviço: "foram os meninos a fazer de Dom Bosco aquilo que ele era" – acentuou o Reitor-Mor.
Significativa, por fim, foi a proposta do “canto dos pré-noviços” que o coro – feito exatamente por jovens de todo o mundo que aspiram a tornar-se "Filhos de Dom Bosco" – entoou no final da Concelebração: a declaração do compromisso de servir os jovens.