Espanha – Alberto López: “É difícil recuperar a infância: o que se consegue é recuperar a vida”

(ANS – Madri) – Alberto López é um salesiano «de formação e de coração», e um dos responsáveis por “Love”, Documentário produzido pela ‘Procuradoria Missionária Salesiana de Madri’, com que mostra, quer a realidade das menores, exploradas como objetos sexuais, quer o duro trabalho expendido por missionários como o P. Jorge Crisafulli SDB para tirá-las da escravidão.

Fizeram um documentário intitulado “Love” e o mostraram em muitos lugares… Como nasceu “Love”?

Nasceu de uma história muito particular que me contou o salesiano missionário P. Jorge Crisafulli em outubro de 2016, quando veio à Espanha. Me disse: “Estou trabalhando numa coisa nova. Escute que linda história”. (È a história com a qual sempre iniciamos as nossas apresentações.) E contou-me como ele, terminada a crise do ebola, saía à procura de meninos de rua pelos mercados, coisa que os Salesianos fazem há anos e anos. Mas ultimamente tinha visto outrossim muitas meninas entregues à prostituição. Meninas de menor. Um dia criou coragem e se aproximou de um grupo delas: havia sete. Perguntou-lhes se não tinham sono…

Que fez o P. Crisafulli com essas meninas? Qual o projeto?

O projeto se chama “Girls OS+”. “OS” significa “abrigo” na língua local ou «Krio». Há o “+”, porque já existe um outro programa chamado “Girls OS” que é para meninas maltratadas fisicamente e abusadas psicologicamente, especialmente pelos membros da família. O que ele faz com essas meninas é, literalmente, salvá-las da rua através da educação/instrução... Todos sabem onde fica a Obra salesiana “Don Bosco Fambul”. “Fambul” significa “família” em ‘Krio’ e é uma casa adotiva. O P. Crisafulli dá-lhes a ‘familiaridade’ (um ambiente de confiança em que possam dormir, lavar-se...). O passo seguinte é a educação, objetivando a reinserção familiar.

É possível restituir a infância a quem um dia lha subtraíram com tamanha violência?

“Ainda que tal expressão se use com frequência, é difícil recuperar a infância. O que queremos fazer – e que se pode fazer – é recuperar a vida. Isso sim se pode. Quer dizer que – sem esquecer as experiências - passadas e dolorosas - da violência, ou do trauma, ou da perda de parentes, ou também das doenças – se pode obter uma nova vida. Pode-se, sobretudo neste caso, ser os protagonistas do próprio futuro; pode-se re-construir a própria vida através de boas experiências que todos podem começar a fazer.

Fonte: www.periodistadigital.com 

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