Sofreu algum choque cultural?
Diferente do Japão, quando cheguei não havia eletricidade, nem água corrente, contudo a minha vida era satisfatória. No início, tinha uma vida bastante limitada em relação a espaços e pessoas frequentadas, mas com o tempo a esfera da vida cotidiana e minhas relações com as pessoas expandiram-se.
O que aprendeu da Família Salesiana e dos jovens de Timor Leste?
Aprendi o seu modo de viver. Na comunidade religiosa havia religiosos de várias proveniências e todos estavam próximos da população local, trabalhavam com esse povo, comiam as mesmas coisas e não impunham o seu estilo de vida. Desejei estar com eles, seguir o seu exemplo e assim aprendi deles no que se refere à vida comunitária.
Quando celebramos o Dia Missionários Salesiano 2018 ajudei na tradução de um vídeo sobre o P. Vicente Cimatti, fundador da missão salesiana no Japão. Senti-me encorajada a continuar nesse serviço quando ouvi um dos Salesianos em formação dizer: “Ficamos tocados ao ver como o P. Cimatti procurasse ser o ‘Dom Bosco do Japão’, esforçando-se por inculturar o Evangelho”. E outro jovem Salesiano comentou: “Gostaria de ser missionário no Japão, como o P. Cimatti”.
Em que se ocupa atualmente?
Trabalho com alguns funcionários públicos para construir e manter a rede estatal de autoestradas e ocupo-me em monitorar e avaliar os projetos.
Como se tornou Salesiana Cooperadora?
Como aluna do Politécnico Salesiano encontrei muitos Salesianos que exerceram uma influência positiva sobre mim. Estava interessada no estilo de vida das Voluntárias de Dom Bosco, que vivem a vida consagrada no mundo, mas certo dia encontrei uma apresentação dos Salesianos Cooperadores escrita por Dom Francis Mizobe, SDB. Entendi que o Salesiano Cooperador é chamado a realizar a sua missão no momento em que vive, dando a sua contribuição através da sua posição na sociedade.