P. Arasu, o senhor já está na África oriental há muitos anos. Fale-nos de sua vida como salesiano em Uganda.
Sou originário da Inspetoria Salesiana da Índia-Chennai, Índia, e trabalho aqui na África Oriental desde 1990. Depois da ordenação, servi em Uganda, principalmente na pastoral escolar. Em 2017 o Reitor-Mor me disse que havia um milhão de refugiados em Uganda; e convidou-nos, aos Salesianos, de achegar-nos a eles e operar em Uganda.
Qual é atualmente a situação dos refugiados de Palabek, Uganda?
As estatísticas mostram que são 41.000 os refugiados vindos do Sudão do Sul e que seu número continua crescendo. O Representante do Governo, durante os colóquios mantidos, disse-nos que se espera receber até 150.000 refugiados numa área com mais de 20 quilômetros de raio.
Por qual motivo é relevante a presença salesiana em Palabek?
86% da população nesse campo para refugiados compõe-se de mulheres e crianças. São jovens: mais de 60% são adolescentes ou crianças. Mais: há centenas, milhares, de crianças com idade inferior a três anos. Esses jovens vulneráveis são a razão do nossa presença aqui: a motivação do nosso empenho pela sua educação e a evangelização. Há pois que cuidar deles e dar-lhes a melhor instrução/educação possível.
Como podem os Salesianos acompanhar os refugiados em Palabek?
Além das obras de misericórdia espiritual, existem as de misericórdia corporal; e aqui há gente que precisa de ambas essas obras: pessoas que têm fome, sede; gente que não tem casa, não tem roupa, muito menos instrução/educação. Precisam de nossa atenção e cuidados. Estou feliz por ver que em pouco tempo – digamos estes sete/oito meses – a nossa Congregação avançou a largos passos no trabalho, aqui, entre os refugiados.
O Reitor-Mor, com o seu Conselho e demais Responsáveis, designou quatro irmãos para trabalhar em tempo integral nesse campo. Já demos começo às atividades de escolarização inicial e a outras atividades pastorais. Espero e rezo para que, com o auxílio de Dom Bosco, tenhamos sucesso neste serviço.