A presença histórica do Papa Francisco ao país foi acompanhada diretamente pelo arcebispo de Dili, que confirmou em entrevista que o Pontífice ficou realmente comovido com o povo do Timor-Leste. E não só, declarou o purpurado, a população com maior porcentagem de católicos “comoveu o mundo inteiro, através das mídias sociais. Isso pra falar sobre a força do povo, a força da fé que está neste país jovem”.
“Somos timorenses e somos católicos”, reforçou o cardeal
Uma força que foi incentivada pela Igreja que, nos últimos três meses, em preparação à visita do Papa Francisco a Timor-Leste, promoveu uma formação aos fiéis, inclusive destinada a acadêmicos e líderes políticos, para compreender o lema da visita do Pontífice ao país, sobre a fé ser a própria cultura. Mesmo tendo vivido períodos de muito sofrimento e desespero quando era colônia, a mensagem da Igreja - tanto durante a visita de JP II como de Francisco - sempre foi de se manter firmes na fé. E o cardeal aprofundou:
“Nestas duas décadas de transição, nesse processo de construção de um país e de uma nova identidade como nação neste canto do mundo, a visita do Papa é para afirmar e confirmar mais a nossa identidade, para dizer aos timorenses que somos: primeiro, pequeno como país, mas temos uma coisa diferente que é ser católico. Nós não somos indonesianos e nem australianos, mas somos timorenses e temos a nossa identidade própria: somos timorenses e católicos. Essa é a mensagem que o Papa deixou aos timorenses: de enraizar mesmo esse processo da nossa identidade cultural e da crença da fé.”
A mensagem do Papa às crianças e jovens de Timor
O cardeal reforçou ainda outras mensagens importantes deixadas pelo Papa ao país. Aquela muito forte aos jovens, para continuarem “sendo alegres e fazendo barulho”, uma coisa “que eu também quero nos jovens”, enfatizou o purpurado. E, ainda, sobre o respeito aos idosos, finalizou o arcebispo de Dili: “eu gostaria de sublinhar aos nossos jovens e crianças para continuar a desenvolver continuamente essa atitude de respeito na família, na sociedade e no país. Quanto mais cultivarmos em nossos corações essa atitude de respeitar os outros, acho que será um grande passo para o Timor fazer a diferença, que começa mesmo hoje, após a visita do Papa”.
Bernardo Suate e Andressa Collet
Fonte: Vatican News