Itália – Salesianos para o Social APS; o P. Preite: “As duas emergências juvenis são educação e emprego”

(ANS – Bári) – “As duas emergências juvenis são educação e emprego/trabalho”: assim o declarou o P. Francisco Preite – Presidente Nacional de “Salesianos para o Social APS” que, por longos anos, mourejou exatamente em Bári, como Diretor do oratório dos Salesianos, no Colégio Redentor – em entrevista à margem do evento “Passado, presente e futuro do bairro «Libertà»”, um dos bairros difíceis da capital da Província da Puglia. A manifestação de Bári se havia inserido no contexto da iniciativa municipal “Community Hub”, em favor de alguns bairros problemáticos, como ‘Libertà’ e ‘Enziteto’.

P. Preite, o senhor está em Roma a realizar com os Salesianos um papel muito delicado sobretudo pelo que diz respeito ao Social. Quais são as emergências?

Diria que as emergências fundamentalmente são duas: uma é a pobreza dos menores: calcula-se que, em pobreza, haja na Itália um milhão e duzentos mil rapazes, os quais entre outras coisas, abandonam a escola e é, pois, preciso avaliar também este tema do abandono escolar. Naturalmente – e isto não é justificativa – tais situações levam à prática de reatos, como temos podido ver recentemente, como resultado de uma batida na cidade velha, em Bári. A repressão, que no momento certo é necessária, não é a única resposta: há que prevenir. Estamos perante situações graves que nos interpelam a todos e nos sacodem as consciências.

Uma segunda emergência se chama trabalho, e exigem-se melhores e mais enérgicas políticas de chamado ao trabalho. Estamos a precisar de eficientes políticas ativas de trabalho; só o trabalho dá dignidade às pessoas e não o mero assistencialismo (que também pode servir, e serve em momentos críticos qual válvula de desafogo).

A educação é um dos pontos chave do Fundador dos Salesianos, Dom Bosco. “O trabalho leva tanto àquela que se define a santidade do ordinário, do ferial, quanto à correção do viver honestamente cada dia”. Dizia-o também São Josemaria Escrivà de Balaguer, fundador do ‘Opus Dei’…

De fato, sobre algumas coisas, os dois têm muito em comum, como, p. ex., o sentido do realismo, o manter os pés no chão e os olhos no Céu. Só o trabalho, e o santo espanhol o dizia, santifica a nossa existência, dignifica-a, e afasta as ideias ruins da cabeça.

Como define a situação atual do País em termos de pobreza?

Grave! E, entretanto, não me adentro em questões políticas, questões que me não dizem respeito. Há que dar aos jovens, respostas claras, fortes, adequadas.

O senhor esteve muito tempo em Bári no bairro Libertà; que diz aos seus velhos concidadãos?

Digo-lhes de sonhar grande. É maravilhoso. Hoje estou em Roma. Cabe-me na Capital o desempenho de um papel difícil e de responsabilidade. Mas Bári, nunca a esqueci. E continuo com a ideia de que educação e trabalho são o caminho que leva a santificar a vida. Especialmente o conhecimento técnico de um ofício: esta foi a ideia fixa de São João Bosco.

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