O seu primeiro destino, fora da Itália, foram em 1975 as Filipinas, onde teve de lutar para aprender o idioma local, o ‘tagalog’.
Depois, o Camboja, em 1992, quando o País estava trabalhosamente buscando um equilíbrio depois da guerra com o Vietnã e a insânia dos 'Khmer' Vermelhos (Cambojanos Vermelhos). Também ali o sinal da passagem de Andrea Comino é a fundação de escolas profissionais, depois desenvolvidas até ganhar um prestigio de relevo nacional, como a de Sihanoukville para os serviços turísticos.
Voltou às Filipinas entre 1994 e 1997 para encaminhar a nova Escola São José, na ilha de Mindoro. Entretanto, quando uma pessoa tem o dom do pioneirismo, dificilmente se fica a gozar do desenvolvimento de quanto implantou. O pulo seguinte, em 1997, fê-lo chegar até à Nigéria.
Na verdade, deveria substituir um salesiano doente. Mas junto com irmão, Giacomo, também Salesiano Coadjutor, foi envolvido no pedido por “alguém” disposto a ir a um País de maioria islâmica, ao Sudão.
A experiência escolar logo se entreteceu com as vicissitudes bélicas que afetavam o País. Muitíssimos os jovens refugiados que chegavam a Cartum para sobreviver, enquanto a escola, que os salesianos tinham aceitado dos Combonianos para gerir, só podia acolher 10% dos pedidos de matrícula. Depois de muitas dificuldades e uma primeira falida tentativa de erguer uma sucursal, os salesianos iniciaram a construção de um Centro Profissional em El Obeid, sugestão essa vinda do Administrador Apostólico, Dom Antonio Menegazzo, comboniano, convencido das capacidades salesianas já expressas na Capital.
4000 m2 (quatro mil metros quadrados) de salas e laboratórios para ensinar mecânica geral, mecânica de carros, hidráulica, corte e soldagem de metais, marcenaria e eletrotécnica, em apenas um ano e meio se tornaram realidade. “Eles deram tudo”, relembra Andrea Comino, que envolveu os instrutores da escola de Cartum para contar com a máxima garantia (não só de perícia mas também de paixão). “A escola de El Obeid não tem nada a invejar das análogas existentes na Itália”, garante.
A experiência foi útil a Andrea Comino para enfrentar, junto com seu irmão, Giacomo, dois outros desafios extremos: - o território do Darfur, devastado pela guerra, devia renascer para dar um futuro aos mais jovens; - e o Sudão do Sul, ficando independente do Sudão (do norte), devia ricostruir-se a partir da instrução da base. Em ambos os casos a “fórmula” era a construção de escolas acolhedoras, para meninos e professores. E o milagre, diz o Sr. Andrea, foi achar a ingente quantia necessária para realizar os projetos.
Aos 80 anos feitos, o Sr. Andrea Comino ainda anseia por trabalhar pelas populações pobres da África.