O que o deixa feliz em seu trabalho como salesiano na ONU em Nova York?
A responsabilidade e o privilégio de destacar nossas melhores práticas num fórum internacional tão importante. Nossa presença em cerca de 135 países nos dá o peso e o privilégio de sermos uma voz eficaz para os “pobres e abandonados”, especialmente os jovens. Nos últimos três anos pude dar maior visibilidade ao trabalho que a Congregação Salesiana está fazendo em todo o mundo. Tenho também a satisfação de saber que a presença salesiana na ONU é agora mais conhecida e coordenada. Desde 2017 temos a participação cada vez maior de salesianos e membros da Família Salesiana envolvidos em nosso trabalho na ONU.
O que o senhor aprendeu nestes primeiros anos de atividade neste ministério especial?
Ouvindo tantos debates na ONU e, participando das discussões e eventos paralelos que destacam as boas práticas de muitas organizações, pude perceber que, como Congregação, fazemos muito mais. Precisamos destacar mais o serviço dedicado que prestamos aos jovens e aos necessitados.
Também percebo que, embora sejamos muito bons na oferta de serviços, não nos envolvemos suficientemente em ações de ‘advocacy’ em favor daqueles que acompanhamos. Embora oferecer nossos serviços seja importante e também nos dê autoridade moral para falar em nome dos jovens e dos pobres, precisamos compreender que trabalhar para que sejam adotadas novas políticas que beneficiem os necessitados é uma responsabilidade da qual não devemos nos esquivar.
De que maneira um salesiano no mundo pode se beneficiar da presença salesiana na ONU?
A questão deve ser invertida: de que maneira pode, qualquer salesiano no mundo, beneficiar o escritório salesiano na ONU? Quanto mais os salesianos e os membros da Família Salesiana se tornarem agentes eficazes de ‘advocacy’ e de mudanças mais a nossa presença na ONU se tornará significativa e eficaz.
Posto isto, posso dizer que o escritório salesiano na ONU:
- pode compartilhar as diversas politicas produzidas pela ONU de maneira que estas possam ser utilizadas pelos nossos salesianos para impulsionar seus governos a implementar tais políticas em favor dos necessitados;
- pode destacar o trabalho que os salesianos realizam;
- ajuda os salesianos a aprenderem como fazer o trabalho de ‘advocacy’;
- pode colocar os salesianos em contato com as redes da sociedade civil que atuam para gerar mudanças;
- facilita a participação de salesianos e jovens nas Conferências das Nações Unidas;
- foi encarregado de criar uma cultura de ‘advocacy’ na Congregação;
- mas não pode favorecer nenhuma arrecadação de fundos em apoio às iniciativas salesianas: o escritório foi orientado especificamente a não se concentrar neste esforço.
Por fim, posso dizer que sinto grande alegria e satisfação em sentir o incentivo e o apoio do Conselho Geral da Congregação.