EDITORIAL
O Sínodo dos Bispos sobre a juventude começou num contexto difícil e aparentemente desfavorável para a Igreja, em meio a tensões, descrença, diminuição das vocações e contestações abertas em relação a ensinamentos da Igreja sobre questões importantes, como o direito à vida e o papel da fé cristã no tecido social e nos direitos humanos. Por outro lado, apesar das complexas circunstâncias que permeiam este evento, a presença de dois bispos da China continental que "pela primeira vez" podem participar de um Sínodo, representa um sinal de comunhão e esperança.
Os jovens hoje vivem em um mundo globalizado, uma rede de interconexões e relacionamentos. Bens, informações, imagens eletrônicas, músicas, entretenimento e modas se espalham quase instantaneamente pelo planeta. As redes sociais tornaram-se o habitat natural deles e é através destas que eles conhecem o mundo. O salesiano Ariel Fresia apresenta um ponto de vista original sobre o entendimento desses nativos hiperconectados.
Viu-se há alguns dias um grupo de jovens na Praça de São Pedro em Roma com a bandeira de uma de nossas escolas salesianas. Fiquei admirado pela relação de afetuosa e alegre proximidade dos jovens com seus professores e, opostamente, de frieza com que tratavam o Salesiano que estava com eles: não conversavam com ele, não se aproximavam dele... O Salesiano caminhava sozinho. Para eles não existia, era um fantasma.
O apelo do Papa a “Proclamar o Evangelho da misericórdia a todos os povos... através dos meios de comunicação que o novo contexto cultural digital põe à disposição dos nossos contemporâneos” é um grande desafio.