As resistências não foram poucas: alguns dos filhos de Dom Bosco, como o P. João Fuchs e P. Pedro Sacilotti, pagaram com a vida os seus anseios missionários. Pelo fim dos anos ‘30 registrou-se uma inversão de tendência. Tudo ficou mais fácil a partir dos anos ’50 do século XX.
Hoje, entre os Xavante, continua ativo o P. Bartolomeu Giaccaria, o qual, na Inspetoria do Brasil-Campo Grande (BCG) desde 1954, continua a desempenhar incansável atividade numa Paróquia que compreende 184 aldeias, esparsas por três Dioceses, sobre um total de 4000 km².
A Sede da missão está em Nova Xavantina. Mas o P. Giaccaria utiliza o método da ‘missão itinerante’ «para oferecer uma presença mais eficiente e eficaz às comunidades».
Graças à presença salesiana, nas aldeias se pôde trabalhar muito nas áreas da formação pastoral, instrução, saúde, desenvolvimento agrícola. “Fazemos o que podemos – sublinha o P. Giaccaria –. O missionário não deve resolver os problemas dos indígenas: deve ‘ajudá-los’ a resolver. Não é ele que deve fazer: deve levar a que façam”.
No que respeita à coexistência do cristianismo com os cultos tradicionais, foram traduzidos os Evangelhos e os livros litúrgicos em língua xavante, e se busca dar prioridade aos valores mais que à estrutura: “Não interessa tanto se não sabem o que seja um Jubileu (nós levamos... 1500 anos!): o importante é que saibam o que é a misericórdia. Não é preciso queimar etapas, ter pressa... Envolvê-los com coisas exteriores é muito fácil: mais difícil é passar-lhes o conteúdo”.
Para os xavantes, o laço com a natureza é muito forte: e sabem inclusive como usar as matérias primas ‘originais’ (de extração) para fazer cremes e xampus, xaropes e outros remédios para as doenças mais comuns.
Assim - para os interessados - pode-se, pelo sítio web de “Missioni Don Bosco”, conhecer melhor o P. Giaccaria e receber gratuitamente o e-book “Curarsi come gli Xavante. Il ricettario di Padre Giaccaria”.