O problema vem de longe: em 2012, um grupo de proprietários de terras da área de West Pomio, no território da arquidiocese de Rabaul, assinou um contrato com uma companhia multinacional malesa, a Rimbunan Hijau, que concede à companhia a exploração de madeira para a produção de óleo de palmeira.
Aquele contrato, porém, tem muitos problemas. Dom Panfilo enuncia alguns: “a renda de locação dada pela terra é inadequada e nos últimos dois anos a companhia está até mesmo atrasada; foram usados meios coercitivos para obter a assinatura; a população local não foi informada adequadamente; nota-se um sério problema de devastação ambiental; depois de 6 anos, não houve mudanças significativas nos serviços sociais e comunitários, portanto, não há efeitos positivos para as comunidades locais”.
Agora, depois do pedido das mesmas populações de West Pomio e de acordo com a Doutrina Social da Igreja e das orientações renovadas da Laudato Si’, do Papa Francisco, a arquidiocese empenhou-se em buscar – e efetivamente encontrou – um “vasto consenso” (embora não unânime) entre proprietários de terras e outras companhias ativas na região para a solução da controvérsia. E o Sr. Tennent, missionária leigo neozelandês, que foi professor de Direito na Universidade Estatal de Port Moresby, também defendeu a causa.
Entretanto, no último dia 9 de junho, o Sr. Tennent foi notificado do “cancelamento da permissão de permanência”. A notificação foi entregue sexta-feira à tarde, sem deixar qualquer margem de apelo para o voluntário neozelandês, repatriado no sucessivo 12 de junho.
O fato produziu clamor e indignação na política e na mídia. Dom Panfilo continua a solicitar das autoridades que “chamem Tennent logo de volta”; e não entende renunciar ao seu papel de defensor da população que a ele se dirigiu para fazer valer os seus direitos.