As dinâmicas – atividades lúdicas e recreativas – tiveram por objetivo transformar as limitações físicas em desafios lúdicos, buscando assim a participação ativa dos alunos e a sua conscientização e o seu interesse pelo tema. Voleibol sentado, corrida do bambolê, futebol ajoelhado, dança das cadeiras e mímica... foram alguns dos expedientes adotados.
“Além de esclarecer o significado da palavra deficiência, é preciso expor a carga de preconceito que pode ser acrescentada ao nomear alguém com necessidades especiais (física, motora, mental) e isso só vai ser melhor entendido, compreendido e esclarecido se vivenciarmos essas dificuldades, essas limitações - explica Luiz Thimotheo -. E não há melhor local e momento do que as aulas de Educação Física escolar, nas quais conseguimos transformar, adaptar essas limitações em brincadeiras, dinâmicas, atividades recreativas, transformando a seriedade em jogos, sem perder o respeito e atenção sobre o problema”.
No Brasil, estima-se que existam mais de 24 milhões de pessoas com algum tipo de necessidade especial. Pessoas com deficiência são, antes de mais nada, pessoas, como quaisquer outras, com protagonismos, peculiaridades, contradições e singularidades. Pessoas que lutam pelos seus direitos, que valorizam o respeito pela dignidade, pela autonomia individual, pela plena e efetiva participação e inclusão na sociedade e pela igualdade de oportunidades, evidenciando, portanto, que a deficiência é apenas mais uma característica da condição humana.
Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU, bem como seu Protocolo Facultativo. Buscando defender e garantir condições de vida com dignidade a todas as pessoas que apresentam alguma deficiência, a Convenção prevê monitoramento periódico e avança na consolidação diária dos direitos humanos ao permitir que o Brasil relate a sua situação e, com coragem, reconheça que, apesar do muito que já se fez, ainda há muito o que fazer.
Fonte: RSB Informa