A crise causada pela pandemia interrompeu o aprendizado de milhares de crianças, jovens e adultos. As Nações Unidas estimam que 773 milhões de pessoas não têm mais acesso à alfabetização e 617 milhões de crianças e adolescentes não chegam a desenvolver o mínimo de proficiência em ler e contar.
“Os salesianos concentram grande parte de seus esforços educativos na alfabetização e no desenvolvimento das habilidades fundamentais. Durante a pandemia, eles trabalham para enfrentar os desafios educativos e estão empenhados em garantir que os jovens tenham acesso à tecnologia para que possam trabalhar remotamente", afirma o P. Gus Baek, Responsável pela Procuradoria Missionária “Salesian Missions”.
Por ocasião do Dia Internacional da Alfabetização, "Salesian Missions" cita alguns de seus programas:
No Equador, em colaboração com a Universidade Politécnica Salesiana, foi lançada a campanha "Doe seu computador", projeto que visa fornecer ferramentas tecnológicas às populações vulneráveis de 12 cidades do país. A iniciativa arrecadou 500 PC, possibilitando a centenas de alunos a participação nas aulas virtuais e o encontro on-line com os colegas. De acordo com o Inspetor Salesiano do Equador, P. Francisco Sánchez, a iniciativa de solidariedade, evitou que os jovens vulneráveis se atrasassem nos estudos.
Na Índia, os Ex-alunos da turma de 1997 do Instituto Salesiano "Dom Bosco", de Egmore, da Inspetoria Índia-Chennai (INM), ajudaram algumas alunas por meio da compra de computadores e ‘tablets’ destinados ao acompanhamento das aulas on-line. A iniciativa (que evitou que as moças abandonassem os estudos) leva o nome de “Min Siragugal” (asas digitais) e é coordenada por Deepu Antony.
Na Itália, graças ao financiamento de “Salesian Missions”, cerca de quarenta alunos da comunidade “Santa Chiara”, de Palermo, receberam material escolar, gel higienizante e máscaras. Os beneficiários são crianças e jovens com idade entre 6 e 15 anos, cujos pais estão ou desempregados, ou empregados informalmente, ou detidos. A iniciativa apoiou doze famílias.
Por fim, nas Ilhas Salomão, continua a ser realizado o projeto do Instituto Técnico Dom Bosco Henderson, na capital Honiara, que apoia crianças que vivem nas proximidades do aterro de Ranadi. Com o projeto, estes menores – que vivem em ambientes de grande pobreza, desemprego e analfabetismo – ganham a oportunidade de frequentar a escola e aprimorar suas habilidades de leitura e contas. No local, também é oferecido um curso de conscientização dos pais, para que possam compreender a importância de proporcionar aos filhos uma educação adequada, na escola, em vez de fazê-los trabalhar nos aterros sanitários.