A obra missionária em favor do povo shuar foi aceita desde o início, e logo produziu frutos. Não somente conseguiu pôr fim a guerras entre tribos e famílias mas também proporcionou a possibilidade de ajudar as novas gerações por meio da educação.
Foram os mesmos Shuaras a pedir aos missionários salesianos, em 1988, que fundassem uma missão em Wasakentsa. Conduziram o projeto o P. Bottasso e o saudoso P. Broseghini. Uma escola e um colégio para instruir e formar os jovens shuaras foram as pilastras iniciais da missão.
A Missão de Wasakentsa, entretanto, não se limitava a ensinar e a formar seus 110 alunos na escola. Há também 80 estagiários e 50 universitários shuaras que vêm de longe. Além disso, como missão e como Igreja missionária em saída, dá suporte a 49 outras comunidades shuaras existentes no mui vasto território. Trata-se de uma população de perto de 5.000 habitantes, com muitas crianças e jovens (40% da população) que sonham com estudar e ter uma vida melhor.
Ainda hoje, essas comunidades são visitáveis somente a pé, porque não há estradas. Atravessam-se rios, paludes, colinas, árvores caídas, lama... Caminha-se sob chuva e sol equatorial, cruzando com animais selvagens: mas tudo para poder encontrar-se com as pessoas nas suas comunidades, para partilhar a Palavra de Deus e celebrar Eucaristia.
O objetivo é proporcionar à população um espaço de formação aos valores – valores humanos, culturais, cristãos. Por isso, a obra missionária não se realiza somente dentro da igreja mas também em qualquer outro lugar. Também enquanto se trabalha duramente ou enquanto se realiza uma atividade esportiva com as crianças, com os jovens, com os pais.
Durante a pandemia e o confinamento tudo se tornou mais difícil. Houve infecções e mortes também entre as comunidades shuaras. Mas os salesianos missionários nunca deixaram de estar entre eles e de estar com eles, para ajudá-los.