Gessica, qual o teu trabalho com os jovens?
Acabou há pouco o acampamento que realizamos em Alassio, com jovens universitários, uns setenta. Interrogamo-nos sobre os temas pedidos pelo Sínodo. Este é um Sínodo centrado na escuta, portanto, também nós jovens nos colocamos à escuta de outros jovens. Foi um momento de confronto, também para poder entender quais as exigências dos jovens e quais poderiam ser as soluções.
Para ti, quem são os jovens?
Os jovens, do oratório ou não, precisam de escuta. É certo que os jovens Salesianos seriam mais privilegiados, porque podem encontrar conforto na Família Salesiana. Enquanto os de fora do oratório também precisam de escuta! Devemos ir ao encontro deles. O Papa pede-nos continuamente para sermos Igreja em saída. Aí está, precisamos sair do nosso oratório e ir até eles. Devemos colocar-nos à escuta, uma escuta sem segundos fins.
Como vê a figura do Papa?
Este Papa é o Papa da mudança! Escuta a todos: jovens, velhos, doentes, indefesos. Escuta a todos. É um mestre e nos dá o exemplo a seguir. Eu conheço alguns jovens que não creem, mas que gostam do Papa de maneira incrível. Essa é a demonstração de que é realmente um exemplo para todos e isso é importantíssimo para a sociedade de hoje.
No teu modo de ver, o que os jovens deveriam dizer aos Salesianos?
Os jovens precisam realmente de ser escutados. Estão num momento de crise, não sabem mais para onde ir e muitas vezes não sabem o que fazer da própria vida. Portanto, é importante que os Salesianos escutem com coração aberto, com abertura incrível. Não é possível ficar nas aparências, na lógica do “sempre se fez assim”. Deve-se tomar uma direção que seja adequada aos jovens de hoje, que não são os de vinte anos atrás. É uma geração completamente diversa, que corre o risco de distrações e diversões fúteis. Portanto, creio que se deva crescer nesse sentido.