Segundo dados das organizações para os direitos humanos, os mortos já são mais de 200 nesses combates. Crianças e jovens foram vítimas de “atrocidades” da parte desses grupos que desde o início do ano demonstram não ter vontade de dialogar.
Os Salesianos de Dom Bosco continuam a acompanhar a população. A obra salesiana da Capital, Manágua, retoma aos poucos as suas atividades e continua atenta à situação ao seu redor, desde que a paróquia dedicada a Dom Bosco foi objeto de ameaças.
Em Masaya, a violência não se detém. Um jovem animador do oratório salesiano local foi morto com uma arma de fogo. A obra salesiana de Granada suspendeu as atividades tanto do instituto como do oratório; embora se respire certa calma na cidade, não há qualquer segurança para reiniciar às atividades.
Sexta-feira, 15 de junho, foi retomado o diálogo nacional, com um único progresso representado pela vontade do governo de convidar organizações internacionais para os direitos humanos a acompanharem o processo de democratização. A Igreja continua a ter um papel decisivo na mediação da situação, propondo um caminho voltado a acelerar e garantir a paz.
Ontem, 21 de junho, os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) e os padres do clero de Manágua expuseram Jesus Sacramentado na Basílica menor de Nossa Senhora da Assunção. Grande multidão reuniu-se ali para rezar e aguardar o card. Leopoldo Brenes, arcebispo de Manágua, e o seu auxiliar, Dom Silvio José Báez.
A situação atual é muito delicada e a Igreja Católica na pessoa dos bispos está procurando retomar o diálogo com o governo, em busca de paz para um povo que chora a morte de centenas de pessoas e milhares de feridos.
Mesmo em meio à angústia e a dor provocadas pela situação, o povo nicaraguense não perde a esperança e, embora a perspectiva ainda seja confusa, não cede diante da possibilidade da paz.