Como nasceu a sua vocação missionária?
Certo dia visitou-nos um Superior que vinha de Roma e nos falou a nós, aspirantes, da vocação missionária. Um meu colega perguntou o que – na realidade – faz um missionário, especialmente na Europa; e ele respondeu que é chamado a fazer aquilo que a comunidade gostaria que se fizesse! ‘Para mim’ tinha sido uma boa resposta. Além disso eram muitos os missionários que, no tempo do pós-noviço, nos vinham visitar e falavam do como trabalhavam e como eram felizes na missão. Seus testemunhos me impressionavam. Assim fui pensando que aquela vocação missionária poderia ser também a minha. Falei disso com o Diretor do Pós-noviciado e também com outros Superiores, os quais me ajudaram a fazer o discernimento da minha vocação... missionária.
Como vive a sua vida missionária no Projeto Europa? Quais as satisfações e quais os desafios?
Neste ano estou fazendo a ‘etapa da assistência’ ou od tirocínio prático, na Bélgica, em Hechtel, onde mantemos uma escola ‘ginasial’, e também neste ano começamos um novo plano: procuramos convidar os alunos a passar um dia inteiro em nossa comunidade, a fim de que possam ver concretamente o que seja a Vida Religiosa salesiana.
No momento é-me ainda difícil trabalhar como assistente do Professor, por falta de uma formação específica no setor e ainda pelas dificuldades linguísticas. Por isso, estudo a língua pela manhã e, de tarde, procuro estar no pátio para jogar e falar com os rapazes. Ajudo também os demais professores nas classes, se necessário. E quando os alunos vêm visitar a Comunidade, sou eu que preparo os bolos para eles.
Para mim o principal desafio missionário do Projeto Europa é que não há tantos irmãos jovens com quem compartilhar a missão e trabalhar juntos. Também a vida espiritual poderia correr... perigo, porque as Celebrações Eucarísticas e as orações comuns não são, na Europa, tão vivas e vibrantes como no meu país de origem.
Seja como for, por isso sou missionário, e procuro ser ativo na comunidade. Faço de tudo – desde cozinhar até limpar – e sobretudo acompanho os meus coirmãos, estando sempre pronto para ajudá-los quando for necessário. Agrada-me fazer de tudo pelo bem da comunidade. E isso realmente me deixa muito feliz!
Fonte: AustraLasia