Elvira Freitas
Antes, dois momentos marcaram a chegada do Reitor-Mor ao ISDB (Instituto Superior Dom Bosco): o primeiro foi quando ele abençoou a imagem de Dom Bosco, presenteada pelo Ecônomo Geral da Congregação, Jean Paul Müller, à única Instituição Superior de Ensino salesiana do país e terceira de África; o segundo momento foi o plantio de uma árvore à entrada do prédio da instituição. “É um gesto verdadeiramente simples, mas o fazemos em homenagem a todos aqueles que acreditam neste projeto, de formar formadores de jovens”, disse o Reitor-Mor.
Em seguida, P. Á. F. Artime dirigiu-se à Casa Dom Bosco, sede da Visitadoria Maria Auxiliadora, onde participou da reunião com o Conselho Provincial. Terminada a reunião, ele recebeu para um jantar em sua homenagem o arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, o Núncio Apostólico em Moçambique, Dom Edgar Peña Parra, que estava acompanhado do secretário da Nunciatura Apostólica, P. Cristiano Antonietti, além da Inspetora das FMA, Ir. Zvonka MiKec, e a Vice-Inspetora Ir. Carolina Hilda.
A sexta-feira e 4º dia de visita do Reitor-Mor foi mais reservada aos SDB e FMA. Logo pela manhã, P. Ángel Fernández Artime rezou as laudes com os noviços: 16 no total, sendo três de Moçambique e 13 de Angola, depois teve alguns momentos de diálogo com eles.
Em seguida, P. Á. F. Artime teve um encontro reservado com os SDB da Visitadoria, quando falou sobre sua visita a Angola e Índia. Especificamente no que se refere a Moçambique, ele enfatizou o papel dos missionários, além de avaliar a formação religiosa no país. Na ocasião, P. Artime animou os SDB e falou sobre sua presença constante entre eles, mesmo estando longe, e do quanto está junto de seus irmãos nas orações.
Terminada a reunião P. Ángel presidiu a eucaristia. Após a missa, seguiu-se o almoço, no refeitório do ISDB, tendo por convidado o P. Álvaro López, Missionário da Consolata, que veio prestar homenagem ao X Sucessor de Dom Bosco, acompanhado de sua assessora, Rai Soares (leiga missionária brasileira).
No final da tarde, o Reitor-Mor visitou a sede da Inspetoria São João Bosco, das FMA, e com elas teve um momento de oração e deu o tradicional “boa noite”, quando disse que estar com as Irmãs é o mais puro sentimento de estar em família, gozando de momentos de tranquilidade.
Terminado o “boa noite”, foi servido o jantar, seguido de uma sessão cultural na qual as noviças encenaram a parábola da Samaritana, como forma de lembrar a Estreia de 2018, que usa exatamente esse trecho do evangelho de São Lucas para falar sobre a necessidade da escuta. A noite terminou com uma sessão de fotos.
O sábado (25) do Reitor-Mor foi em Maputo, capital moçambicana, junto com a Família Salesiana, constituída por Salesianos Cooperadores, ADMA, Ex-alunos, MJS, ADS, FMA e outros ramos dessa grande árvore presente em Moçambique e em mais 131 países. O dia começou com missa festiva, às 8:30, na Paróquia São José de Lhanguene, tendo a participação de aproximadamente 1.500 pessoas. O Reitor-Mor presidiu a celebração. Concelebraram os padres Américo Chaquisse, Conselheiro para a Região África – Madagascar, Marco Biaggi, provincial em Moçambique, Manoel Leal Gomes, pároco, e António Tallón, ex-pároco, além de diversos Salesianos sacerdotes e o presidente da Conferência dos Religiosos de Moçambique, P. Agostinho Maholele.
Também participaram da celebração a provincial das FMA, Ir. Zvonka Mikec, acompanhada de um grande número de religiosas, além de representantes de diversas congregações presentes no País.
Antes de iniciar a homilia, o P. Ángel disse que havia ouvido 17 vezes as palavras sorriso e festa. Isso porque o Evangelho do dia tratava exatamente de uma festa – as Bodas de Caná. Dessa forma, sua reflexão teve toda essa conotação, que ele resumiu em três mensagens: “alegria por estarmos num momento de fraternidade, de encontro salesiano, em festa com a Família Salesiana; a segunda ideia é o encontro, que todos aqueles que pertencem à Família Salesiana devem ter em mente: ser encontro tendo Maria como modelo”.
Por fim, e terceira ideia deixada por P. Ángel na homilia foi a esperança. “Temos que ser para os jovens e as pessoas que nos procuram motivo de alegria e de encontro, mas sobretudo dar a eles esperança. Há muitas pessoas que vivem sozinhas, que não têm a quem recorrer e nós, salesianos, os jovens que têm salesianidade devem ser presença e esperança para essas pessoas”, concluiu.
Concluída a missa, a Família Salesiana encontrou-se com o P. Artime para ouvir palavras de encorajamento, sintetizadas na necessidade de que todos devem ser capazes de demonstrar sua crença nos valores do Evangelho. “Outra coisa é termos a capacidade de crescer. Em que sentido? Sobretudo crescer na nossa identidade, como Dom Bosco nos pensou e sonhou”.
Outro grande momento do dia foi o encontro do X Sucessor de Dom Bosco com os jovens do MJS moçambicano, composto principalmente por Amigos de Domingos Sávio e animadores de oratório. A síntese da palestra do Reitor-Mor para eles é que sempre perguntem a Deus: “Senhor, o que devo fazer da minha vida?”, citando também o Papa Francisco, quando diz que os jovens devem fazer o discernimento da sua vida. Sobretudo, que os jovens saibam verdadeiramente o sentido da vocação.
Entre o encontro com a Família Salesiana e os jovens, P. Ángel reservou um momento para as centenas de fotos, momento que se prolongou também após o almoço, enquanto os vários grupos que se apresentaram preparavam as últimas performances. O momento cultural contou com a dança do próprio P. Ángel.
“Hoje quero dar muitas graças a Deus por tantas vidas lindas e momentos intensos que vivemos nestes dias. Já se passaram seis dias. Chegamos à noite, depois tivemos quatro dias muito, muito bonitos. E hoje temos que voltar, temos que dizer adeus, agradecendo por estes dias tão bonitos que aqui vivemos”. Com essas palavras, o Reitor-Mor iniciou a celebração eucarística das 7:30 horas do domingo (dia 26), com os oratorianos, de Maputo e de outros distritos do Sul do país, realizada na Matola.
Concelebraram os padres Américo Chaquisse, Conselheiro para a região África – Madagascar, Marco Biaggi, provincial em Moçambique, Horácio López, secretário do Reitor-Mor, e mais três salesianos. Presentes à celebração a Inspetora salesiana em Moçambique, Ir. Zvonka Mikec, e diversas religiosas, além de mães de oratorianos. A animação da missa ficou por conta do P. Francisco Pescador Hervás, Vice-Inspetor.
“Aos meus irmãos Salesianos um grande abraço. Foi uma grande fraternidade. Um obrigado também às minhas Irmãs salesianas. É verdade que por onde tenho passado elas sempre estão conosco. Mas, aqui em Moçambique, eu senti, desde os primeiros momentos, como se já nos conhecêssemos. Obrigado de todo o coração.
Recordando estes dias, eu diria que ontem foi o Dia do Sorriso. E é verdade, porque o sorriso é uma das coisas mais lindas que as pessoas têm. Ontem estivemos juntos o dia todo e ao final do dia eu sentia que o modo de nos saudar e despedir era com um sorriso.
Quando escuto a parábola do Bom Pastor tenho um sentimento de muito paz, de saber que Jesus nos conhece a cada um pelo nome e nos ama. Também eu quero dizer hoje a Deus um grande obrigado por tantas pessoas que conheci e com quem estive nestes dias: crianças, jovens e tantas outras pessoas que conheci aqui. Um grande obrigado a Deus!”, disse o Reitor-Mor
Terminada a missa, P. Á. F. Artime reservou os últimos minutos de sua visita a Moçambique para fotos com as crianças, com os jovens e quantos mais foram saudá-lo na celebração de encerramento de sua visita ao país antes de retornar a Roma, no voo das 11:30 horas.
