Em seu caminhar, alguns desses jovens migrantes encontraram o apoio dos Salesianos; é o caso de Amine, de Gana, África, hoje na Alemanha: na Espanha, fora acolhido pela Fundação Dom Bosco e acompanhado por dois religiosos e vários educadores, dentre os quais alguns Salesianos Cooperadores. É Amine que raconta: “Me refizeram o moral. Não posso esquecer do quanto alguns cristãos fizeram por mim, que sou muçulmano. Estar juntos foi para mim uma grande alegria. Senti que temos o mesmo Deus e a mesma força nas nossas convicções de fraternidade. Isso realmente me recolocou de pé, depois de tudo quanto tinha experimentado durante a viagem”.
Em todo o mundo são numerosas as obras salesianas ativas para migrantes e refugiados. Na França, o Centro de Reeducação e de Formação Profissional (CRFP), do Instituto Dom Bosco, de Gradignan, é um dos institutos da Rede Dom Bosco para a Ação Social que acolhe menores migrantes. Sylvie Dufeu, Diretora do CRFP, sobre um total de 90 rapazes conta com bem 30 migrantes. “Recebemos com alegria jovens afegãos, paquistaneses, malineses, marfinenses, guineanos. Conseguem conviver perfeitamente, porque desenvolvemos um trabalho educativo também finalizado a relaxar as tensões. São muitas as atividades em comum, de modo que podem chegar a entrosar-se perfeitamente. Além disso, em nosso Centro não só se integram rapidamente na formação profissional mas também se entregam a ela de corpo e alma. Por outro lado, cabe-nos também administrar a... desilusão, sobretudo quando, p. ex., alguma escola os recusa porque não têm ainda o nível de estudos requerido”.
Sempre na França, as Organizações católicas reúnem-se em rede, para fazer ouvir a voz de quem não tem voz. Perante os perigos que acompanham esses jovens – abandono, delinquência, prostituição… –, foi instituído pelo “Secours Catholique” um grupo denominado “Juntos contra o tráfico de seres humanos” (Ensemble contre la traite des êtres humains), que realiza atividades de tutela legal e sensibilização, visando modificar a atitude para com tais jovens e levar propostas às autoridades públicas.
Fonte: Don Bosco Aujourd’hui