Qual o desafio deste encontro?
Trata-se, principalmente, de caminhar segundo o que foi pedido pelo Capítulo Geral, ou seja, repensar a figura do Diretor. O encontro quer refletir sobre o que disseram os irmãos e interpretá-lo, além de ser um itinerário de reflexão que ajudará a Congregação.
O que deve mudar em relação ao Diretor de hoje?
Está claro que o Diretor Salesiano não é apenas um Salesiano da comunidade religiosa: é também Diretor da Comunidade Educativo-Pastoral (CEP); de aí deriva a grande insistência do Reitor-Mor sobre o trabalho com os leigos. As questões que surgem do encontro são sobre o modo de o Diretor ser guia da comunidade religiosa e da CEP, e qual a natureza da sua presença na CEP.
Qual é a situação atual?
Estamos cientes da mudança geracional: mudam os jovens e mudam os próprios jovens Salesianos. A mudança digital não é simplesmente tecnológica, mas cultural, que se refere à nossa vida comunitária e às relações entre irmãos.
Ao rever o Manual do Diretor Salesiano estamos retornando ao conceito de Dom Bosco?
Dom Bosco foi estimulado pela missão, pelos jovens em dificuldade, mas não trabalhou sozinho; trabalhou com muitos leigos. É verdade que pensando num manual para o Diretor estamos pensando num material de orientação, mas ao mesmo tempo também voltando à praxe do nosso pai Dom Bosco e nos perguntamos: como Dom Bosco queria a comunidade? Como desejava a figura do Diretor?
Então, como Dom Bosco imaginava o Diretor?
Nesta época em que o Diretor deve cuidar da comunidade religiosa, guiar a CEP, organizar a obra... certamente não pode ser um “super-homem” que administra tudo, mas sim um Salesiano com coração de pai. O diretor deve ter o mesmo coração de Dom Bosco: deve ser pai de todos. Esta é a grande mudança. A comunidade é fundamental. Nós religiosos referimo-nos ao Deus Trindade, que é comunidade. Não podemos pensar que a missão seja trabalhar; a nossa missão é sermos portadores do amor de Deus numa comunidade.