Ele nasceu em Lima no dia 19 de abril de 1878. Em dezembro de 1893 entrou para a escola salesiana pelos mais necessitados, como aprendiz de carpintaria, logo transferido para entre os alunos de ginásio acadêmico. Fez o Noviciado em Callao e, em 1902, emitiu os votos perpétuos nas mãos do P. Paulo Albera, então ali como Visitador extraordinário. Em 1906 enviaram-no a fundar uma nova escola em Piúra. Foi ordenado sacerdote em 27 de janeiro de 1907 e sucessivamente dirigiu as obras de Cusco e de Callao.
Aos 21 de novembro de 1921 foi nomeado Bispo da longínqua Diocese de Chachapoyas (sobre a Cordilheira Andina Setentrional), vacante havia cinco anos. Na época, abrangia uma extensão de 95. 200 km² e uma população de 250. 000 pessoas. Ordenado Bispo no Templo de Maria Auxiliadora, em Lima, no dia 11 de junho de 1922, só chegou à sua Sede episcopal depois de... um mês de viagem. A sua vida foi um contínuo viajar: a cavalo, a pé; na Cordilheira, na floresta; pelos rios.
Organizou Missões e Exercícios Espirituais para Leigos e Sacerdotes em todos os centros da diocese. Ensinava catecismo todas as vezes que o tempo lho permitia: e os jovens enchiam as salas do velho ‘palácio’ episcopal. Catequese, pregação, cuidado dos sacerdotes e dos seminaristas, promoção das vocações: eis as sua atenções constantes ao longo de todos os seus 37 anos de episcopado.
Amável, acolhedor, alegre, próximo do povo, foi um organizador nato: fez – naquele tempo e naquelas condições! – oito Visitas pastorais; celebrou três Sínodos diocesanos e um Congresso Eucarístico; reordenou os Arquivos paroquiais; criou Associações e Confrarias; publicou um jornal.
Quando a Sede Arquiepiscopal de Lima ficou vacante, o Núncio Apostólico, em nome do Papa, lha ofereceu: Dom Ortiz agradeceu e declinou a proposta. Queria continuar entre o povo dos seus «pueblos» até à morte. E assim foi.
Morreu no dia 1º de março de 1958, com 79 anos de idade.